Em vista das próximas eleições: mudança no cenário político brasileiro

Eleições 2018Ítalo Nóbrega

Durante 17 anos, a esquerda política brasileira estendeu seus tentáculos sobre o eleitorado nacional.

Desde 1994, acompanhamos não só a Presidência da República, mas também a hegemonia política serem disputadas entre duas “legendas”: PT e PSDB.

Algumas vezes vitorioso devido a alianças e ao apoio eclesiástico, o Partido dos Trabalhadores entrava com o disfarce de centro-esquerda na benquerença de certos setores do eleitorado.

Mas como a máscara de centro-esquerda era apenas um disfarce para alçá-lo ao poder, alcançado este o PT logo a deixou de lado e iniciou sua caminhada rumo à “bolivarianização” do Brasil. Esta consistia em uma série de medidas político-sociais e culturais que visavam a uma transformação política no País e à disseminação do marxismo cultural.

Porém, pelo fato da opinião pública brasileira nunca ter aceitado realmente o marxismo, tais medidas lhe causaram uma supersaturação. Esta, por sua vez, foi responsável pelas reações dos brasileiros em questões culturais, como tratamos (vide: http://catolicismo.com.br/Acervo/Num/0804/p18-19.html).

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Aproximando-nos das eleições, cabe uma pergunta: continuará a disputa pela hegemonia política? Continuará o processo de “bolivarianização”? O velho quadro político será ainda pintado com as mesmas cores?

Definitivamente, não.

A chamada “reação conservadora” não abrange somente o campo cultural, mas também o político. De alguns anos para cá, houve uma reviravolta no cenário político brasileiro, onde a direita deixou o seu papel de figurante para abraçar o de protagonista.

Tanto nas redes sociais, blogs etc., como no contato pessoal com a população, é possível perceber uma sensível e crescente preferência, ou melhor, exigência por candidatos marcadamente de direita.

E mesmo em artigos publicados em grandes veículos midiáticos, como o “Estado de São Paulo”, tal reviravolta é comentada. É o caso de uma matéria publicada no referido jornal em 21 de fevereiro de 2018, na qual Pedro Venceslau e Gilberto Amendola entrevistam o dono da rede Riachuelo, o empresário e ex-deputado federal Flávio Rocha.

O empresário comenta: “Tenho conversado com os candidatos de uma forma geral e constatado uma imensa lacuna, uma lacuna que é a falta do chamado candidato óbvio”.

E qual é o perfil do candidato óbvio?

Continua ele: “Nós precisamos de um liberal na economia e um conservador nos costumes. O discurso liberal na economia é a grande solução para consertar o País depois de eleito, mas o que ganha a eleição é o discurso dos costumes, o contraponto ao marxismo cultural.”¹

Porém, nem todos perceberam essa mudança no paradigma eleitoral. Como é o caso do “querido” ex-presidente da república, agora presidiário em Curitiba, Luís Inácio “Lula” da Silva.

Em entrevista à Radio Metrópole, de Salvador, o já condenado em 2ª instância, convicto na sua ilusão de que o povo brasileiro o apoia, suplica “deixem o povo brasileiro me julgar”.²

O sonho é de tal forma profundo, que ele continuou: “É por isso que tem unanimidade hoje para que eu não seja candidato. Porque eu posso, primeiro, ganhar no primeiro turno. Se não ganhar, vou para o segundo turno e ganho no segundo turno.” ³

A este respeito, dúvidas surgem em meu espírito: em qual país vive o petista? Está ele de olhos postos na realidade? Não percebe que o Brasil está farto do socialismo lulopetista? Ou será que dorme e se afunda num profundo sono? Ou será Loucura?

Enquanto levanto hipóteses para estes questionamentos e aguardo que os fatos toquem de uma vez por todas o “despertador” do ex-presidente, rezo a Nossa Senhora Aparecida, Rainha e Padroeira do Brasil, pedindo a Ela que livre o País dos maus políticos nas próximas eleições e guie seus passos para um glorioso futuro que o aguarda.

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Referencias:

  1. Pedro Venceslau e Gilberto Amendola; “O mercado quer um candidato de direita, não de centro, diz Flávio Rocha”; em “O Estado de S. Paulo”, (21-2-18).
  2. Daniel Weterman; “Espero que o STJ deixe o povo me julgar em outubro, diz Lula a rádio”; em “O Estado de S. Paulo”, (6-3-18).
  3. Idem.

Um comentário para "Em vista das próximas eleições: mudança no cenário político brasileiro"

  1. Luiz Guilherme Winther de Castro   14 de abril de 2018 at 18:56

    A pergunta no final do texto: “Ou será loucura?”, é bem sugestiva. Também entendo que o tal sujeito seja um autêntico psicopata, além de corrupto, é claro! Suas atitudes, seu palavreado, suas ideias malucas, sua petulância não permitem que eu pense diferente. Aprendeu a arte da eloquência, mas, de sua boca, não saía nada que prestasse. Só enganava os incautos. Para mim, ele não é esperto como dizem e como ele próprio possa pensar. Foi usado por gente muito mais inteligente, muito mais perspicaz e muito mais diabólica que ele, que massageou seu ego fazendo-o pensar que era um rei, um príncipe ou um deus, deixando que ganhasse muito dinheiro e vivesse na opulência, enquanto ganhavam muito mais que ele. Deu no que deu!
    Agora, o que é triste é saber que muitos padres e bispos, nem todos, ainda “idolatram” o tal sujeito, mesmo estando ele “asilado na República de Curitiba”, pelo que eu saiba, não é por bom comportamento.