
Visão geral da América Hispânica
• Juan Antonio Montes
Não há dúvida de que o denominador comum de todos os países latino-americanos em 2023 foi a insegurança. Ela grassou em todos os lugares públicos: nas ruas, nas lojas, nos campos, nos transportes, e até dentro das nossas casas. Ademais, foi agravada pela permissividade dos governos de esquerda que, motivados por sua ideologia contra a propriedade privada, sempre atenuaram a culpa dos criminosos.
Desta forma, a vida dos indivíduos tornou-se cada vez mais difícil nas capitais de todos os países. Segundo informações da imprensa, só no México, durante o primeiro semestre de 2023, foram registrados pelo menos 3.285 crimes de “extrema violência”.1 Como rio agitado sempre beneficia os pescadores, nesta situação de insegurança e impunidade, os grupos que fizeram da violência a sua razão de existir cresceram como ervas daninhas, formando um círculo vicioso.
Assim, as quadrilhas do narcotráfico e do crime comum, cada vez mais difíceis de distinguir e mais emaranhadas nos seus delitos, celebraram os seus “mártires” com enterros acompanhados de tiroteios, no meio de um verdadeiro pandemônio de fogo e desrespeito à lei e às autoridades locais. O comércio itinerante e ilegal encheu as principais artérias dos centros urbanos, obrigando muitas vezes quem o exerce dentro da lei, a fechar suas portas ou a emigrar para centros comerciais ou centros periféricos mais seguros.
Tudo isto deu às capitais do Continente um aspecto crescente de “terra de ninguém”, onde a coexistência pacífica geral era afetada por um ambiente no qual a suspeita e a prevenção eram generalizadas. Sem prejuízo do acima exposto, seria um exagero dizer que o crime, a guerrilha ou o tráfico de drogas dominaram inteiramente a vida social. A população hispano-americana é de origem católica e suas raízes cristãs foram moldadas no cumprimento do Primeiro Mandamento da Lei de Deus: “Amarás ao Senhor teu Deus acima de todas as coisas e ao teu próximo como a ti mesmo.”
Assim, o que se observa ao analisar com mais profundidade os acontecimentos ocorridos ao longo de 2023, é o confronto de duas correntes opostas: a do banditismo, apoiada pelos movimentos políticos anárquicos de esquerda, e a da resistência dos grupos pacíficos imbuídos do bom senso cristão, que ainda persiste em grande parte da população. Neste confronto, como veremos, a esquerda sofreu sérios reveses.

Chile: quatro anos depois do “surto social”, tudo volta ao início
Quatro anos depois do surto subversivo que estava prestes a incendiar o país de uma ponta à outra, a corrente sensata e pacífica reagiu energicamente, elegendo no mês de maio de 2023 um Conselho Constitucional composto na sua grande maioria por representantes do setor mais à direita do panorama político. Os redatores do novo texto a ser submetido a plebiscito incluíram aspectos que bem poderiam ser considerados a antítese daquele apresentado pela anterior Convenção de extrema esquerda.
No entanto, esse segundo texto também foi rejeitado no plebiscito de dezembro passado. Para obter tal resultado, somaram-se os votos da esquerda e algumas correntes da direita. Os primeiros o rejeitaram como um revés inaceitável aos desejos socialistas. Os grupos de direita que votaram contra o fizeram porque alertaram para concessões perigosas à proposta da primeira Convenção plurinacional.
Assim, após quatro anos de debates e tentativas de refundação do país, voltamos à Constituição redigida em 1980, a qual foi, segundo o discurso da esquerda, a causa destes “30 anos” e, portanto, o pretexto subversivo do “surto social”.
No dia 17 de dezembro, pela segunda vez, o povo chileno rejeitou o projeto de uma nova Constituição. O resultado do plebiscito (56% contra, 44% a favor) representa um enorme desmentido à classe política, que iniciou e promoveu a mudança constitucional como se fosse uma panaceia para resolver todos os problemas.
Enquanto isso, o presidente Gabriel Boric desempenhou um triste papel. Seu governo foi arrastado pela má gestão, pelos escândalos de roubo de fundos públicos perpetrados por pessoas em quem confiava, e pelos maus resultados da economia nacional. O Chile, outrora exemplo para o continente, ocupa agora o 30º lugar em termos de liberdade econômica em âmbito mundial.2 É prematuro dizer se este retorno à atual ordem constitucional será aceito pela esquerda violenta, ou se ela se aproveitará deste aparente revés para justificar novas irrupções subversivas ao longo de 2024.

Equador: Rafael Correa é novamente derrotado
O resultado das eleições presidenciais no Equador foi outro revés para os planos do esquerdismo continental, agrupado no que se autodenomina “Grupo de Puebla”. A disputa entre os numerosos candidatos presidenciais que se apresentaram não escondeu que na realidade a verdadeira competição era entre a candidatura de Luisa González, indicada pelo ex-presidente Rafael Correa, socialista e fugitivo da justiça, e qualquer outro dos sete candidatos.
Nessa ocasião, a violência ceifou a vida de um dos candidatos mais prováveis de ser eleito, Fernando Villavicencio, morto a tiros antes do primeiro turno das eleições. Por fim, acabou vencendo no segundo turno o jovem candidato Daniel Noboa, pertencente a uma importante família de exportadores agrícolas.
Desta forma, após o término do mandato do presidente Lasso, com as águas parecendo voltar ao seu fluxo normal, assumiu Noboa. Este deve terminar seu mandato dentro de um ano e meio, apesar de suas aspirações para se reeleger em 2025. Foi um importante triunfo do Equador sensato, católico e infenso ao comunismo, sobre as correntes ideológicas da esquerda.
Peru: o autogolpe fracassado e suas consequências
A esquerda também sofreu um revés no Peru. O ex-presidente Castillo, pertencente à corrente de esquerda e nomeado pelo Partido Peru Libre, acabou perdendo rapidamente todo o apoio dos seus eleitores. Foi acusado de corrupção e de nomeações irregulares para cargos de importância pública.
Vendo-se abandonado de todo apoio, em meio a um julgamento promovido pelo Congresso para obter a sua deposição, Castillo acabou tentando um golpe de Estado, que fracassou e determinou sua queda definitiva. Hoje o Peru é governado pela vice-presidente do mesmo governo, Sra. Dina Baluarte, que apesar de ter assumido o cargo junto com Castillo, vem sofrendo assédio permanente por parte dos cúmplices do ex-presidente.
Esses ataques levaram-na a compreender que Castillo não era mais do que uma peça do puzzle socialista do Grupo de Puebla, o que determinou seu distanciamento progressivo daquela corrente e a aplicação de medidas governamentais geralmente bem orientadas que conseguiram manter a ordem pública naquela nação.
México: López Obrador, um apóstolo socialista para o continente?

O socialismo gosta de criar personagens míticos que levam adiante a tocha revolucionária com a qual pretendem incendiar o continente latino-americano. Na década de 1960, um dos mais notórios foi Che Guevara, personagem assassino que parecia um Robin Hood moderno.
Mais recentemente houve o ex-presidente do Uruguai, José Mujica, que de subversivo Tupamaro se transformou, segundo a expressão do Papa Francisco, em “um homem sábio”. A sua “sabedoria” consistiu em viver na pobreza e promover a pobreza como ideal de vida para todos. Com a sua saída da cena política, os personagens “míticos” do continente ficaram sem representantes.
López Obrador considerou a oportunidade de acabar sendo um “guia” para todos os outros presidentes de sua corrente, recusando-se a passar o mandato do Pacto Ásia-Pacífico (APEC) ao presidente Baluarte, a quem correspondia, como presidente do Peru, a ocupar o cargo. Também quis estar presente em Santiago, no aniversário dos 50 anos da queda de Allende, como homenagem e apoio ao ex-presidente marxista e suicida.
Apesar das suas pretensões como guia continental, o número de chefes de Estado de esquerda está diminuindo. Oxalá também ele em breve desapareça do palco. Nas próximas eleições presidenciais, em junho de 2024, pela primeira vez na história daquela nação se apresentarão duas candidatas.

Colômbia: uma ‘pedra’ que oscila
As últimas eleições legislativas e departamentais na Colômbia constituíram um verdadeiro terremoto contra o atual presidente socialista Petro.3 O mais constrangedor para o seu prestígio político foi o fato de seu candidato ter sido derrotado na capital, onde o candidato da oposição “devastou […] ao obter mais de 49% dos votos e duplicar os resultados dos seus rivais […], cuja derrota também é uma derrota para o presidente Petro”.
Tudo isto ocorreu apenas um ano depois de ele assumir o cargo de primeiro presidente socialista daquela nação e iniciar uma suposta política de pacificação com os grupos guerrilheiros. É evidente que suas políticas não conseguiram convencer os colombianos, que veem com profunda preocupação, na chamada “Paz Total”, nada mais que uma rendição aos remanescentes das FARC e do ELN.

O líder do Exército de Libertação (ELN), Eliécer Chamorro, mediante as redes sociais, desafiou publicamente Petro, rejeitando qualquer acordo com o seu governo: “O governo já resolveu os problemas da Colômbia e mudou as suas práticas?” que causaram o conflito armado […]. Portanto, não se pode pedir ao ELN que desapareça ou se desarme.”4
Colombianos sensatos, com uma religiosidade católica profundamente enraizada, parecem ter feito prevalecer mais uma vez o bom senso no âmbito legislativo e governamental. Petro está oscilando no poder, com 66% de rejeição, sendo incerto se conseguirá cumprir o seu mandato até o fim.
Paraguai e Uruguai: dois países dos quais pouco se fala
É curioso observar, no noticiário internacional, o grande destaque da mídia aos países governados por partidos de esquerda, e muito pouco quando eles estão sob a direção de partidos de centro ou de direita. É o caso do Uruguai e do Paraguai. A mídia fala tão pouco sobre eles, que muitos daqueles que não têm nenhuma relação direta com essas nações sabem sequer o nome de seus presidentes.
O Paraguai teve uma sequência de Chefes de Estado de centro, brevemente interrompida apenas pelo bispo Lugo, de triste memória. Os atuais presidentes de ambas as nações tiveram posições corretas nas reuniões internacionais de Chefes de Estado. Lacalle teve particular relevância ao se opor a Lula durante a reunião de presidentes sul-americanos em Brasília, em maio de 2023. Lula havia declarado que “foi criada uma ‘narrativa’ sobre a falta de democracia na Venezuela”.5
Há, no entanto, no caso do Uruguai, uma forte sombra. De acordo com estatísticas recentes, esse país tem a maior taxa de suicídios do continente. Curiosamente, nos índices de “qualidade de vida”, figura como o que possui uma das classificações mais elevadas. Tudo isso mostra uma verdade que muitos não querem ver. A principal “qualidade de vida” não é dada pelos resultados econômicos ou pelas altas taxas do PIB, mas pelo cumprimento da Lei de Deus. Acontece que o Uruguai é um dos países onde o ateísmo e o gnosticismo tiveram durante décadas as taxas mais altas do continente.6
Venezuela: pesadelo sem fim que atrai conflitos internacionais
Depois de muitos anos de completo desconhecimento da liberdade de expressão e de eleições verdadeiramente livres, Maduro concordou, por pressão dos Estados Unidos, dar liberdade para se organizar e eleger um candidato da oposição para as eleições de outubro de 2024. Uma vez realizadas as primárias entre os oposicionistas, Corina Machado, que se opõe há anos corajosamente ao regime e tem sido vítima de todo tipo de perseguição, obteve 92% dos votos.
Perante tais resultados, Maduro, por meio do Poder Judiciário sob o seu controle, anulou as eleições, não se tendo agora certeza se elas serão celebradas e se serão minimamente honestas. Mais deplorável ainda é o fato de os laços de Maduro com o Irã, a Rússia e a Síria estarem trazendo para o continente os protagonistas da pior e mais perigosa força internacional. Uma mistura de marxismo com islamismo radical visando impor, por meios distorcidos, sua cultura e religião ao mundo inteiro.
O recente caso de Essequibo, com o ditador venezuelano reivindicando a soberania daquele território, também pode ser fator de novo conflito em nosso Continente, inclusive envolvendo o Brasil.
É típico das ditaduras provocar conflitos internacionais para permanecer no poder. Com base num apoio plebiscitário, muito discutível, Maduro pretende impor suas decisões (militarmente) à pequena Guiana sobre um problema fronteiriço que se arrasta há séculos.
Bolívia: Um caos que se perpetua ao longo das décadas
Se alguém desejasse saber como um país funciona em meio ao caos, deveria estudar o caso da Bolívia. Depois de quatro mandatos de Evo Morales e um de seu sucessor, Luis Arce, o Movimento ao Socialismo (MAS) está no poder naquela nação há 16 anos. A característica do governo do MAS tem variado entre o despotismo, desperdício e corrupção.
Morales aprovou uma Constituição que pulverizou o país em diversas regiões e grupos étnicos, com autoridades judiciais e territoriais próprias. A isto se deve acrescentar o poder dos vários sindicatos e produtores de coca que transformaram aquele país num dos mais importantes produtores de cocaína.
Tudo isto produziu uma erosão crescente do chamado “estado de direito”, cuja validade sempre foi precária na Bolívia. Segundo informações da imprensa: “O primeiro item que gera dólares para o Estado boliviano é a mineração ilegal, seguida pelo tráfico de drogas, pelas remessas de cidadãos residentes no exterior e pelas exportações agrícolas”.
A Bolívia vai se tornando uma porta de entrada da China para nosso continente, a tal ponto que os chineses pretendem impor o yuan como moeda nacional.
Outro fator que poderá desestabilizar a coexistência continental saudável são os recentes acordos entre os Ministros da Defesa do Irã e da Bolívia, que fizeram soar o alarme em países vizinhos, como a Argentina e o Chile.
Nicarágua: ditadura que paga com prisão quem a formou
Do “casal tóxico”, como o jornal espanhol “El País” se refere a Daniel Ortega e Rosario Murillo, não há nada de novo a dizer, exceto que o seu desejo de controle total daquela pequena nação levou a uma perseguição sistemática à Igreja Católica.7
A última Ordem religiosa banida pelo “casal tóxico” foi a Companhia de Jesus, à qual pertenceram os padres Ernesto Cardenal, guerrilheiro marxista e sandinista, e Miguel d’Escoto, antigo ministro das Relações Exteriores e presidente da ONU, ambos falecidos.
O que diriam esses arquitetos do sandinismo se vissem que seus pósteros apenas repetiam os crimes de que acusaram do governo Somoza? O que diria Dom Pedro Casaldáliga, que se “vestiu” com as insígnias do grupo guerrilheiro da Universidade Católica de São Paulo, durante a famosa “Noite Sandinista” de 1980?8
“Cria corvos e eles te arrancarão os olhos”, ensina o provérbio. Esse ditado é especialmente válido quando se trata de criar “corvos” do marxismo, que não reconhecem a paternidade exceto no próprio mentor e nos seus enganos.
Argentina: a grande surpresa

Deixamos para o final deste retrospecto as eleições na Argentina e o triunfo do candidato que a todos surpreendeu pelo elevado número de votos que obteve no segundo turno. O economista libertário Javier Milei foi eleito com 55,69% dos votos, mais de 10 pontos acima do adversário, o peronista Sergio Massa.
Ainda é incerto saber qual será o rumo deste novo governo, liderado por um presidente que apresenta características psicológicas muito diferentes das dos políticos comuns. No entanto, há duas coisas que se destacam.
A primeira é que, segundo o jornal espanhol “El Mundo”, o resultado da alta votação em Milei veio principalmente dos jovens. “Um grande nicho das pessoas que elegeram o ultraliberal nas urnas são os jovens […]. Esta geração viu em primeira mão como o seu país entrou em colapso econômico e social ao longo dos anos. E para eles o culpado é o atual governo: o Kirchnerismo”.9
Outro aspecto que chama a atenção é o fato de, apesar dos ataques de Milei ao Papa Francisco, eles não produziram uma diminuição de sua votação. O então candidato e agora presidente chegou a chamá-lo de “representante do mal na Terra” e de “jesuíta que promove o comunismo”. As eleições acabaram se tornando uma espécie de plebiscito sobre a popularidade de Francisco no seu próprio país, e o resultado não foi nada lisonjeiro para ele.
Por outro lado, dada a importância da Argentina e a posição claramente anticomunista e oposta ao Grupo de Puebla do candidato eleito, todo o continente está mais uma vez equilibrado para uma posição contrária aos desígnios do socialismo internacional, o que poderá pesar nos resultados das próximas eleições no Brasil.

Nossa Senhora de Guadalupe, Imperatriz da América Latina
Ao concluirmos esta revisão dos acontecimentos ocorridos na América espanhola ao longo de 2023, nossos olhos se voltam para as origens do Continente, quando um jovem índio, no dia 9 de dezembro de 1531, um sábado bem cedo, na colina de Tepeyac, ouviu o belo canto de um pássaro mexicano, anunciando o aparecimento da Virgem de Guadalupe.
Poderíamos muito bem dizer que a iniciativa da Santíssima Virgem de aparecer a Juan Diego, índio chichimeca, representava o início da aliança da Mãe de Deus com o continente católico que nascia naquele momento. Uma aliança sagrada que, apesar de tantas infidelidades, não foi rompida por Ela, nem pelos seus filhos.
A grande devoção mariana que sobrevive até hoje em todas as nossas nações, apesar da paganização geral dos costumes, é uma promessa de regresso à Casa Paterna, pelas mãos de Nossa Senhora.
Nela confiamos e depositamos a nossa esperança, junto com todos os esforços deste ano que se inicia, para que esse retorno seja a concretização do Reino de Maria profetizado em Fátima em 1917.
Notas:
1.https://www.forbes.com.mx/mexico-suma-3285-crimenes-atroces-en-la-primera-mitad-de-2023/#:~:text=Los%20cr%C3%ADmenes%20han% 20aumentado%20un,Foto%3A%20EFE.
2.https://www.df.cl/economia-y-politica/pais/chile-volvio-a-caer-en-el-ranking-de-libertad-economica-del-instituto
3.https://elpais.com/america-colombia/2023-10-30/resultados-de-las-elecciones-regionales-en-colombia.html
- Cf. “El Mercurio”, 14-11-23.
5.https://www.bbc.com/mundo/noticias-america-latina-65762357 - “Há uma utilidade social da religião”, diz o antropólogo Guigou, que pergunta “por que o Uruguai é um dos países com mais suicídios per capita?” A sua resposta não tardou a chegar: “A falta de religião explica em parte o fenômeno, sabemos disso desde Durkheim”. https://www.elobservador.com.uy/nota/la-fe-de-los-uruguayos-segun-la-zona-del-pais-y-la-incidencia-del-ateismo-en-la-alta- taxa de suicídio-20236517360
7.https://elpais.com/ideas/2021-12-12/la-pareja-toxica-que-domina-nicaragua-historia-de-daniel-ortega-y-rosario-murillo.html - “O ponto alto da noite consiste na entrega a Dom Pedro Casaldáliga, Bispo de São Félix de Araguaia — região semi-selvática do Estado de Mato Grosso — de um uniforme de guerrilha sandinista, cuja jaqueta o Prelado veste neste instante. Entre aplausos e gritos de entusiasmo, declara: ‘Vou tentar agradecer-vos com os fatos, vou tentar agradecer-vos por este sacramento de libertação que acabo de receber com os fatos […] e, se for preciso, com o sangue. […] Me sinto com essas roupas de guerrilha, como me sentiria vestido de padre. É a mesma celebração que nos impele à mesma esperança’”. Cf. Catolicismo, nº 355, julho-agosto de 1980.
9.Cfr.https://www.elmundo.es/internacional/2023/11/19/6558be67e9cf4a793c8b45d1.html
O exposto também foi destacado no jornal “El Mercurio” de Santiago pelo comentarista Alex Kaiser: “No grupo de 16 a 24 anos Milei obteve 69%, contra 20% de Massa, enquanto no grupo de 25 a 34 anos obteve um 54%, contra 41%. Entre os maiores de 45 anos, Massa obtém a maioria.” https://www.elmercurio.com/blogs/2023/11/24/112264/milei-y-los-jovenes.aspx