- Hélio Brambilla
Embora o Brasil não tenha ficado imune aos efeitos deletérios da COVID-19 que pandemonizou todas as partes, ele foi salvo por seus eficientes profissionais de saúde que juntamente com os bravos produtores rurais e caminhoneiros não pararam de trabalhar. Assim, foi possível manter o seu percurso de potência agropecuária, alimentando um bilhão e meio de pessoas, internamente e em mais de 200 países.
No início de 2023 tivemos ocasião de pedir ao novo governo que zelasse bem pelas “galinhas dos ovos de ouro’’ — o agronegócio brasileiro —, pedido que parece ter repercutido. Poucos dias depois, o ministro da Agricultura concedeu entrevista afirmando que cuidaria sim das galinhas e dos ovos de ouro.
O governo petista não tardou em começar a descarregar sua sanha persecutória contra os agropecuaristas. A mais grave foi sua tentativa de suspender a garantia do “Marco Temporal”. Tiveram então início centenas de invasões do MST, perseguições absurdas na questão ambiental, retirada à força de proprietários legalmente instalados pelo INCRA no sul da Amazônia, no norte de Mato Grosso e no sul do Pará.
Para essas regiões foram enviadas a Força Nacional, a Polícia Federal e o Ibama, com helicópteros sobrevoando as áreas, em uma verdadeira operação de guerra psicológica. Seus agentes, armados de fuzis, intimidavam famílias de trabalhadores desarmados, aterrorizando crianças e idosos, acusando-os de devastar florestas e ocupar terras indígenas (sem índios). Enquanto isso, a cobiça estrangeira sobre a Amazônia tomava novas formas e atualidade. E os traficantes, por sua vez, não perdiam tempo: começaram a se preparar para possuírem a sua parte nessa região, na qual veem um campo fértil e fácil de ser dominado por eles.
Do merecido ostracismo em que o relegara o anterior governo, o MST foi alçado aos galarins da fama pelo atual. Este decidiu enviar um avião da FAB com “ajuda humanitária” à Faixa de Gaza com ridículos três mil quilos de alimentos! O leitor citadino precisa saber que tal quantidade é produzida pelo agronegócio em menos de um hectare de terra, enquanto os agro-reformados, que têm por detrás o MST, possuem 100 milhões de hectares. Tratou-se, portanto, de mera peça publicitária, feita às expensas do erário público.
Enquanto de um lado o governo promove o MST, de outro persegue de diversas maneiras os responsáveis pela produção de 322,8 milhões de toneladas de grãos, que nos auferem mais de 100 bilhões de dólares correspondentes às exportações, e mais de um bilhão de dólares relativos ao valor bruto de produção!
Viagens do presidente inimigo do agronegócio
Com todos esses chumbos postos nas costas dos incansáveis produtores, voltamos a alertar a classe ruralista com outro trabalho jornalístico: O agronegócio é indestrutível? Com efeito, logo no início de seu governo, o presidente Lula viajou à China com numerosa comitiva, incluindo o chefão do MST… De repente, como uma espécie de varinha mágica de fada malvada, os preços agropecuários desabaram!
As explicações dadas — mesmo por especialistas — foram vagas. Falaram, por exemplo, da queda das commodities na Bolsa de Chicago, da queda do consumo mundial de alimentos, ou ainda como sendo resultado das consequências da pandemia, além de outros pretextos.
Nas suas subsequentes viagens, o presidente da república não perdeu oportunidade de atacar o nosso agronegócio. A propósito, o que teria ele combinado com os chineses para que a arroba do boi, que antes estava a R$ 300, tenha despencado para R$ 200? Salientamos que ela vem aumentando paulatinamente, pois hoje a arroba está na casa de R$ 240. A saca de soja, que antes estava a R$ 200, caiu para R$ 125, enquanto o milho, que estava R$ 100, caiu para R$50.
Em um de seus últimos ataques ao agronegócio, feitos em Dubai na COP 28, Lula afirmou que o Congresso Nacional agia como raposa cuidando do galinheiro ao defender o Marco Temporal como suporte e garantia do direito de propriedade rural. Cumpre assinalar mais uma vez os péssimos resultados dessa perseguição governamental.
Apesar da safra recorde, este ano o PIB será menor
“A agricultura brasileira apresentou recorde na produção de grãos na safra 2022/2023, atingindo 322,8 milhões de toneladas. A informação está no relatório sobre balanço do setor, divulgado no dia 6/12/23 pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). Apesar da produção recorde, segundo o documento, o Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio deve sofrer um recuo de 0,94% em relação a 2022. O documento mostra que o Valor Bruto da Produção deve alcançar R$ 1,24 trilhão, redução de 2,2% ante 2022.
“Analisando apenas a agropecuária, ou seja, o cultivo na agricultura e a criação de animais, o PIB do setor deverá crescer 14,5% em 2023, correspondendo a 47% do PIB total do Brasil. O documento mostra ainda que a margem de lucro do produtor rural brasileiro foi menor. A margem bruta da soja, por exemplo, teve redução de 68% em comparação com a safra 2021/22, segundo dados do Projeto Campo Futuro, parceria entre o Sistema CNA e a USP. Apenas no milho, primeira safra, houve queda de 134% na margem do produtor. Já na segunda safra do produto, o valor foi reduzido em 122%.
“‘Tivemos um ano de safra cheia e bolso vazio’, comentou o diretor técnico da Confederação, Bruno Lucchi. ‘Foi uma safra das mais caras da história. O custo de produção se elevou, influenciado por fatores como o custo de fertilizantes. O preço também foi bem menor’, acrescentou, ao afirmar que a queda nos preços variou de 20% a 30%. ‘Foi um ano caracterizado por margens muito estreitas’” (Correio Braziliense, 7-12-23).
Se mais dúvidas houver, segue abaixo a relação atualizada de nossos produtos agropecuários, produzidos em apenas 8% do território nacional:
— Açúcar. Primeiro produtor mundial, com 40% da produção ainda relacionada à cana-de-açúcar, ao etanol de açúcar e de milho, equivalente a 500 mil barris de áreas de etanol.
— Celulose. O Brasil se tornou neste ano o primeiro produtor e exportador do mundo.
— Café. Primeiro produtor (com 30% da produção) e exportador mundial.
— Laranja. Primeiro produtor mundial, com 76% da produção. De cada 10 sucos de laranja tomados no mundo oito são de brasileiros.
— Soja. Primeiro produtor mundial, com 40% da produção (160 milhões de toneladas).
— Bovinos. Primeiro lugar no rebanho comercial do mundo, com 220 milhões de cabeças.
— Feijão. Primeiro produtor mundial, com 20% da produção.
— Mamão. Primeiro produtor mundial, com 12% da produção.
— Abacaxi. Primeiro produtor mundial, com 1 milhão e 800 mil toneladas.
— Goiaba. Primeiro produtor mundial, com 424.000 toneladas.
— Castanha do Pará. Primeiro produtor mundial, com 45 mil toneladas.
— Palmito. Primeiro produtor mundial, com 110.000 toneladas.
— Cachaça. Primeiro produtor mundial, com 1 bilhão de litros.
— Alimentos Industrializados. Maior exportador mundial, com 64,7 milhões de toneladas.
— Carne de frango. O maior exportador.
— Sisal. O maior produtor e exportador de US$ 100 milhões.
— Álcool. Segundo maior produtor global.
— Carne bovina. Segundo maior produtor.
— Carne suína. Segundo maior produtor e exportador.
— Tabaco. Segundo maior produtor, com 867 mil toneladas.
— Algodão. Segundo maior exportador.
— Milho. Segundo maior produtor, caminhando rapidamente para o primeiro posto.
— Óleo de soja. Terceiro maior produtor do mundo.
— Farelo de soja. Terceiro maior produtor do mundo.
— Mandioca. Quarto maior produtor do mundo, com 23 milhões de toneladas.
— Equinos. Maior produtor do mundo, com 5 milhões de cabeças.
— Coco. Quarto maior produtor do mundo.
— Leite. Quarto maior produtor do mundo, com 30,5 bilhões de litros.
— Manga. Sétimo produtor, com um milhão de toneladas.
— Hortaliças. Terceiro maior produtor, com 63 milhões de toneladas.
— Frutas em geral. Terceiro maior produtor, com 44 milhões de toneladas.
Que grande injustiça cometem os detentores do Poder, ao tratarem nossos heroicos produtores rurais de maneira análoga ou pior do que aquela com que os traficantes de escravos os tratavam nas galeras, obrigando-os a remar 24 horas por dia sob o zumbido do chicote no lombo! Qual foi o castigo de Deus para o Império Romano? A História o registrou com tintas indeléveis que artifício algum poderá apagar.
Invadido por todos os lados pelos bárbaros, em pouco tempo tudo virou pó e ruína. Imaginemos qual será o castigo de Deus para essas injustiças que clamam ao Céu e pedem a Deus por vingança?
Como os romanos que martirizavam os cristãos, dos quais Deus depois se vingou, doce ilusão a dos illuminati que promovem a atual perseguição, que no seu ateísmo riem, imaginando que nada vai lhes acontecer…
Que Nossa Senhora Aparecida Rainha e Padroeira do Brasil, proteja a nossa Pátria da praga do socialismo e do comunismo destruidor da tradição, da família e da propriedade.