Corria o ano de 68 e a Rússia comunista invadia a Checoslováquia com armas, tanques e soldados. Nessa ocasião, a “Folha de S. Paulo” estampou o artigo do Prof. Plinio intitulado: Cá e lá os mesmos tiranos há.
Aplicando à Cuba de nossos dias, poder-se-ia dizer: Ca e lá a mesma esquerda há. É ainda a “Folha de S. Paulo” que noticia: “Em discurso de despedida em Cuba, Raúl Castro critica prisão de Lula”.
Por que Raul Castro se sente na necessidade de criticar a prisão de Lula? Quantos presos há em Cuba, esses sim, autênticos presos políticos! Presos por discordarem do regime comunista da Ilha-prisão.
“Dinastia” Castro ou ditadura Castro?
Em tempo, perguntamos por que a mídia brasileira reproduz manchetes falando da “dinastia” dos Castros.
Tenho um amigo especialista em assuntos cubanos. Desde 1959 a ditadura Castro vem impondo a ferro e a fogo um regime comunista com milhares de execuções no “paredón” e milhões de exilados. Nem a carta fraternal do Cardeal Arns a Fidel Castro, nem as sucessivas viagens a Cuba de três Pontífices — João Paulo II, Bento XVI e Francisco — conseguiram mudar a realidade da Ilha-prisão, sobre a qual a “Teologia da Libertação” tenta jogar água benta, como faz com os demais regimes de esquerda da América Latina.
Então, uma ditadura de 59 anos passa a se chamar “dinastia” por um jogo de palavras talismânicas*. Fidel Castro é chamado de Presidente ou Líder. Raul Castro é agraciado com os mesmos favores da mídia esquerdista.
Não nos iludamos com a nova face do comunismo cubano, porque se de fato houvesse uma mudança autêntica, esta começaria por fazer uma “Nuremberg” dos Castros e Cia. Nós, brasileiros teremos sagacidade suficiente para saber discernir. Esperamos que o nosso governo também.
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* http://www.pliniocorreadeoliveira.info/livros/1965.pdf