Espetacular atração por cerimônias que remontam à Idade Média

  • Vinicius D. Souza

Belo Horizonte — No programa “Atividade Contra-Revolucionária”, o núcleo do Instituto Plinio Corrêa de Oliveira da capital mineira promoveu domingo, 25 de setembro, sua reunião mensal de formação para seus amigos e simpatizantes.

Paulo Henrique Chaves anunciou aos presentes a importância de ver os funerais da Rainha não sob a ótica midiática mas focando especialmente a importância do cerimonial que remonta à Idade Média.

A Idade Média não morreu

Considerações a propósito das exéquias da Rainha Elisabeth II da Inglaterra, foi o tema da exposição do Sr. Renato Murta de Vasconcelos — que constou de duas partes. Na primeira, o conferencista, baseado nos princípios da obra “Revolução e Contra Revolução” do Prof. Plinio Corrêa de Oliveira, tratou brevemente da vocação da Inglaterra, enquanto Ilha dos Santos, no concerto das nações cristãs, seu apogeu até o assassinato de São Tomás Becket por ordem do rei Henrique II, quando este rei, tentou submeter a Igreja ao poder do Estado. Surge então um processo de subversão da antiga ordem medieval, que teve seu auge na ruptura de Henrique VIII com a Igreja Católica no século XVI e o surgimento da Igreja anglicana. No século seguinte, a derrubada do rei Carlos I e sua execução em 1649, a instauração do regime republicano durante 11 anos, foi uma revolução precursora da Revolução Francesa, cujos princípios inspiram a maior parte dos governos republicanos hodiernos, frisou o conferencista.

Contudo, o processo revolucionário — sempre segundo a mencionada obra — não conseguiu destruir no povo inglês o gosto pela ordem, pela disciplina, pela boa ordenação das coisas, pelo esplendor das cerimônias. E exatamente foi este esplendor que levou 4 bilhões de espectadores no mundo inteiro a acompanhar com vivo interesse e emoção as cerimônias que cercaram as exéquias da rainha Elisabeth II.

Na segunda parte foi apresentado num filme de 45 minutos um resumo das cerimônias que se deram desde o anúncio do falecimento da Rainha pela BBC de Londres até seu sepultamento na Capela de São Jorge, no Castelo de Windsor.

O Sr. Renato Vasconcelos explicou, ao longo do vídeo, o simbolismo das várias partes da cerimônia e acrescentou dados históricos a fim de tornar mais viva e candente a conferência. (Assista em: https://youtu.be/DGWHTTYfXlk ).

Após a exposição houve animada conversa dos participantes, impressionados a justo título com a gravidade, a solenidade e a pompa das cenas. Uma prova viva de esplendores da civilização cristã medieval que perduram em nossos dias.

Monarquias protestantes, repúblicas católicas

O Prof. Plinio explica em „Revolução e Contra-Revolução“ que:

“A Inglaterra, a Holanda e as nações nórdicas, por toda uma série de razões históricas, psicológicas etc., são muito afins com a monarquia. Penetrando nelas, a Revolução não conseguiu evitar que o sentimento monárquico ‘coagulasse’ […].

Sem negar que outras causas contribuem para esta sobrevida, queremos, entretanto, pôr em evidência o fator — muito importante, aliás — que se situa no âmbito de nossa exposição. Pelo contrário, nas nações latinas, o amor a uma disciplina externa e visível, a um poder público forte e prestigioso, é — por muitas razões — bem menor.

A Revolução não encontrou nelas, pois, um sentimento monárquico tão arraigado. Levou os tronos facilmente. Mas até agora não foi suficientemente forte para arrastar a Religião”.* (https://www.pliniocorreadeoliveira.info/RCR_0106_marcha_revolucao.htm#.YzX4nXbMKMo).

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