Pandemia consolidou o abandono das igrejas e profanações

A pandemia deixou como principal sequela o abandono da prática religiosa. Outrora as grandes doenças eram ocasião de pregações, procissões e rogativas multitudinárias. Não houve nada disso. Verificou-se que parte do clero demorou ou nem voltou às suas igrejas, algumas das quais chegaram a ser vendidas.

Relatório da agência Colliers apontava que antes da pandemia uma em cada três igrejas ficaria vazia, e previa que em 2030 as igrejas receberiam 44% menos fiéis do que em 2010.

Diversas igrejas de Utrecht, na Holanda, vêm sendo utilizadas para fins profanos. A de São Jaime abriga shows e comércio de antiguidades; a de Santiago, exposições de móveis ou sala de shows; a de São José virou uma pista de patinação; na de Santa Maria Menor funciona o Café Olivier [foto ao lado e abaixo]. Os altares, as abóbadas, os órgãos testemunham profanações que nem mesmo as violências protestantes nas guerras de religião provocaram.