A Providência Divina concedeu a cada animal os meios de defesa e de ataque próprios. Os bichinhos muito pequenos têm facilidade para fugir. A desproporção de forças entre o tigre e o homem é muito menor do que entre o homem e a mosca. Mas a mosca facilmente escapa e não se consegue pegá-la. Sua própria pequenez é a sua defesa.
A cobra arrasta-se pelo chão. Como ninguém olha com atenção onde está pisando, ela tem condições de atacar de surpresa. Dissimulada no meio do mato, ela com muita agilidade não erra o bote.
Há uma espécie de equilíbrio que a Providência estabeleceu entre capacidade de atacar e de se defender que é colossal.
O tigre tem seu modo próprio de proceder; idem o leão, a cobra, o pavão, a arara, a pulga etc. Cada animal, a seu modo, não erra, pois o instinto dele se desenvolve corretamente e de acordo com a lei da natureza.
Quem erra somos nós, seres humanos… De um general pode-se dizer: ele adotou uma tática errada. O mesmo se poderia dizer de um advogado e de outros profissionais. Mas de um leão não se pode afirmar que adotou tática errada, nem de um tigre, nem de uma pulga etc.
Por que razão? Para lembrar aos homens que fomos concebidos no pecado original, mas não os animais irracionais. Resultado: em nós existe o erro, somos quebrados. Uma humilhação para o gênero humano, o que representa para nós uma grande lição.
Lição para nos lembrar do pecado original. Devido ao pecado de nossos primeiros pais, o poder do homem ficou limitado. Assim, somos convidados a recorrer à Divina Providência com a esperança de alcançar o Céu. E no Céu nossa situação será incomensuravelmente melhor do que a desfrutada por Adão no Paraíso Terrestre.
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Excertos da conferência proferida pelo Prof. Plinio Corrêa de Oliveira em 15 de setembro de 1988. Sem revisão do autor.
A queda de nossos primeiros pais, trouxe conseq ncias desastrosas n o apenas para eles, mas tamb m para toda a humanidade. Entender o que aconteceu com Ad o e Eva ap s o primeiro pecado chave para compreendermos a situa o em que o homem se encontra hoje. Isto porque, Ad o n o agiu como uma pessoa particular, mas como representante de toda a humanidade.