Mais de 200 católicos cubanos não puderam chegar ao santuário da Virgem da Caridade do Cobre [foto acima], padroeira do país, no dia de sua festa. Isto porque a ditadura castrista proibiu as romarias e bloqueou as principais estradas que conduzem ao Santuário, localizado nas proximidades da cidade de Santiago de Cuba.
A movimentação católica não teve precedentes na história daquela ditadura comunista e foi precedida de uma operação-relâmpago da polícia visando desarticular os grupos que preparavam os festejos. Segundo a agremiação dissidente Unión Patriótica de Cuba, a polícia da ditadura castrista encarcerou um número ainda desconhecido de peregrinos.
Os distintivos e outros emblemas religiosos podem ter facilitado as prisões, apesar de os romeiros — exatamente para evitar a repressão — terem utilizado vias alternativas para chegar até o santuário.
A Virgem da Caridade do Cobre [foto] é a padroeira de Cuba desde inícios do século XX e sua devoção vem crescendo entre os cubanos desiludidos com o regime, no qual grassam a miséria e a falta de alternativas políticas críveis.
O jornalista opositor Juan Almeida sublinha que hoje nada une mais os cubanos do que a Virgem da Caridade, conforme noticiou a agência de notícias Infocatólica.
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(*) Luis Dufaur é colaborador da Agência Boa Imprensa (ABIM)