
Sua realeza é universal, soberano Senhor de toda a humanidade
No calendário tradicional, neste dia 31 de outubro a Santa Igreja Católica celebra a festividade de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo. Festa instituída pelo Papa Pio XI em 1925 para proclamar a realeza social de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Em rememoração desta grande solenidade, transcrevemos a seguir um trecho da Encíclica daquele Pontífice, promulgada em 11 de dezembro de 1925.
Depois de Pio XI resumir o que ensina o Antigo e o Novo Testamento sobre o reinado de Nosso Senhor Jesus Cristo, mostra que Ele reina de fato sobre toda a sociedade temporal e reinará até o final dos tempos.
“Assim, pois, a realeza do nosso Redentor abraça a totalidade dos homens. Sobre este ponto, de muito bom grado fazemos Nossas as palavras seguintes de Nosso Predecessor Leão XIII, de imortal memória: “Seu império não abrange tão só as nações católicas ou os cristãos batizados, que juridicamente pertencem à Igreja, ainda quando dela separados por opiniões errôneas ou pelo cisma: estende-se igualmente e sem exceções aos homens todos, mesmo alheios à fé cristã, de modo que o império de Cristo Jesus abarca, em todo rigor da verdade, o gênero humano inteiro” (Encícl. Annum Sacrum, 25 de Maio de 1899).
E, neste particular, não cabe fazer distinção entre os indivíduos, as famílias e os estados; pois os homens não estão menos sujeitos à autoridade de Cristo em sua vida coletiva do que na vida individual. Cristo é fonte única de salvação para as nações como para os indivíduos. “Não há salvação em nenhum outro; porque abaixo do Céu nenhum outro nome foi dado aos homens, pelo qual nós devamos ser salvos” (At 4, 12). Dele provêm ao estado como ao cidadão toda prosperidade e bem-estar verdadeiro. “Uma e única é a fonte da ventura, assim para as nações como para os indivíduos, pois outra coisa não é a cidade mais que uma multidão concorde de indivíduos” (S. Aug., Epíst. ad Macedonium, c. 3).
Não podem, pois, os homens de governo recusar à soberania de Cristo, em seu nome pessoal e no de seus povos, públicas homenagens de respeito e submissão. Com isto, sobre estearem o próprio poder, hão de promover e aumentar a prosperidade nacional”.
(Editora Vozes, Petrópolis (RJ), 1950, II Edição, p. 12, item 14).