Nota de repúdio do chefe da casa imperial do Brasil pelo ataque à figura do Imperador Dom Pedro II

Ouvido o apelo de pessoas amigas e daqueles que formam uma crescente corrente monárquica, manifesto — não só como descendente e sucessor dinástico, mas sobretudo como brasileiro que ama sua Pátria e valoriza sua História — meu repúdio ao ataque de certa escola de samba à figura de meu venerando trisavô, o Imperador Dom Pedro II, neste ano do Bicentenário de seu Nascimento.

Foto: Agência Brasil

Além de ódio sanguinário, os idealizadores desse ataque demonstraram ignorância abismal, ao retratar um índio cometendo um ato de indizível violência contra Dom Pedro II [foto acima], quem falava tupi-guarani e era verdadeiro amigo e protetor de seus súditos indígenas.

Nada disso, entretanto, poderá manchar a imagem de nosso maior Chefe de Estado, cuja boa obra na condução dos destinos do Brasil, em quase meio século de reinado, faz-se sentir até os dias atuais. Seu maior biógrafo é, e sempre será, o povo brasileiro, que nunca se esqueceu de sua respeitabilidade, sua paternalidade e, sobretudo, sua brasilidade. A memória de Dom Pedro II, portanto, prevalecerá.

Já a pequenez dos que se aproveitam de enormes somas de dinheiro público e outros patrocínios para promover a revolução cultural, desconstrução dos padrões tradicionais, extravagância, imoralidade e cultura do caos, denegrindo sistematicamente o País, logo será esquecida. Prova disso foi o retumbante fracasso, na forma de rebaixamento, de tal escola.

Os brasileiros de boa vontade travam hoje uma verdadeira cruzada para que o Brasil volte a ser, de fato, a Terra de Santa Cruz. E, certo de que assistiremos à ruína e humilhação de seus inimigos, encerro esta nota com o lema bradado por nossos antepassados na luta contra os infiéis de seu tempo: “Ao serviço de Deus, ao serviço da Pátria.”

São Paulo, 5 de março de 2025

Dom Bertrand de Orleans e Bragança

Chefe da Casa Imperial do Brasil