Nos jogos olímpicos de inverno em Sochi, Rússia, a TV pública alemã WDR denunciou que as autoridades russas recomendavam o uso do gás xênon como “substância útil para o aumento das prestações” dos atletas. Inodoro e incolor, esse gás não é detectável pelos controles, e sua capacidade de dopagem é enorme. A WDR concluiu que o gás foi usado pelos russos nas Olimpíadas de Atenas 2004 e de Turim 2006. “Mais do 70% das medalhas obtidas pelos russos nesses encontros desportivos teriam sido impulsionadas pelo gás xênon em grande escala”, acrescentou a TV alemã. Para o ex-presidente da Agência Mundial Antidopagem (WADA), Richard Pound, não há “dúvida alguma” de que “isso é dopagem”. Obviamente, a Rússia nega. Mas um fato é certo: estes abusos com fins ideológicos estão voltando sob o comando do novo presidente Vladimir Putin, como nos “velhos tempos soviéticos”.