Stalinismo: fossa comum com os restos de 495 pessoas


Hélio Dias Viana (*) 

Quando será estabelecida uma Nurenberg para julgar os casos das vítimas do comunismo? – Eis uma nova e estarrecedora descoberta.

Stalinismo: fossa comum com os restos de 495 pessoas
Giovanni Bensi, “Avvenire”, 17 julho de 2010 MOSCOU 

Os ossos descobertos na periferia de Vladivostok, no Pacífico sul, pertencem a centenas de vítimas do terror staliniano, mortos pela NKVD, a polícia política “precursora” da KGB. As autoridades locais o confirmaram com base nos resultados reunidos pelos especialistas de medicina legal.

A macabra descoberta ocorreu no corrente mês, mas sua confirmação só chegou agora: trata-se de esqueletos de nada menos 495 pessoas, a maioria com sinais de disparo na nuca, e de umas 3,5 toneladas de outros ossos, trazidos à luz numa fossa comum por operários empenhados em trabalhos na estrada.

O prefeito de Vladivostok emitiu um comunicado, no qual afirma que “a hipótese de que os restos pertencem a vítimas da repressão está confirmada”. As vítimas, segunda conclusão da perícia, foram mortas presumivelmente durante o “grande terror” dos anos 30 do século passado, quando milhões de cidadãos soviéticos foram fuzilados ou eliminados nos campos de trabalhos forçados siberanianos do Gulag, do qual Vladivostok era um centro de desova. Agora os restos serão sepultados num memorial.
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(*)  Hélio Dias Viana é colaborar da ABIM