À margem da Intervenção no Rio de Janeiro, temos comentando declarações do ministro Jungmann — focalizando a perda dos valores e a contradição de parte da juventude que ao mesmo tempo clama contra a violência mas consome drogas — que põem em foco um dos problemas mais graves da nossa sociedade. Qual a raiz do problema da perda dos valores morais?
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Ensina o Prof. Plinio Corrêa de Oliveira que “a solução de um problema depende 80% do saber ver com clareza no que ele consiste”. Estudioso da História, catedrático, escritor e homem de ação, ele teve esse contato com a realidade viva.
Assim, pôde escrever: “As muitas crises que abalam o mundo hodierno — do Estado, da família, da economia, da cultura, etc. — não constituem senão múltiplos aspectos de uma só crise fundamental, que tem como campo de ação o próprio homem. Em outros termos, essas crises têm sua raiz nos problemas de alma mais profundos, de onde se estendem para todos os aspectos da personalidade do homem contemporâneo e todas as suas atividades”.1
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Aquelas centenas de milhares de brasileiros que em 2017 superlotaram a Avenida Paulista, Copacabana, praças de Belo Horizonte, de Brasília, e de diversas outras cidades, se levantaram porque perceberam, ainda que confusamente, a amplitude da crise que tomou conta do Brasil. Infelizmente poucos líderes saberão indicar a essa sadia população onde está o saber ver!
Sim, a crise é do homem. O homem em crise, diz o bom senso, contamina a sociedade, corrói as instituições, produz catástrofes.
E a solução, está porventura na economia, nos partidos políticos, nas universidades, no Estado, nas Forças Armadas? Sem dúvida, esses setores podem fazer muito em prol do bem comum e reparar muitos males, porém não podem fazer tudo.
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A verdadeira solução está nos valores morais. Nem só de pão vive o homem, diz o Evangelho.
A geração que está no comando (em todo o Ocidente) basicamente é reflexo da Revolução da Sorbonne de maio de 1968. Estamos em 2018: são 50 anos em que a sociedade está infectada por aquela golfada de orgulho e sensualidade do “é proibido proibir” e do “ainda que Deus existisse seria preciso suprimi-lo”, cuja consequência foi a perda dos valores morais.
Mas Deus tem suas vias. Chegou a hora da solução: como o filho pródigo do Evangelho, retornemos à Casa Paterna, um retorno que passa pelos valores morais.
E se a atual geração souber medir o abismo no qual estamos imersos (agenda homossexual, ideologia de gênero, invasão de propriedades pelo MST sustentada ideologicamente pela esquerda católica, petismo, corrupção etc.) e renunciar aos erros que nos levaram a ele, Deus dará a vitória a essa geração. Como será?
“Por fim, o meu Imaculado Coração triunfará!” — afirmou Nossa Senhora em Fátima. Que relação isso tem com os valores morais?
É o que pretendemos tratar no próximo artigo.
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