Depois de 62 anos gemendo sob o peso da bota dos carcereiros fidelcastristas, a sofrida população cubana brada por liberdade, quer dar um BASTA à miséria moral e material. Por fim, depois de tanta opressão física e psicológica, raiará a primavera para Cuba? Ou a ilha continuará sendo o ópio da esquerda mundial?
Fonte: Editorial da Revista Catolicismo, Nº 849, Setembro/2021
Depois de 62 anos oprimidos como se escravos fossem de um imenso latifúndio da família Castro, o povo cubano se levantou no último mês de julho exigindo liberdade e medidas contra o colapso sanitário e a crônica falta de alimentos.
Devido àqueles gigantescos protestos, não deixou de ser no mínimo curioso observar no mundo livre a choradeira geral da esquerda, dos obstinados propagandistas das “maravilhas do paraíso fidelcastrista”. Eles — que se blasonam de “guardiões dos direitos humanos, amantes da liberdade e da tolerância” — não deveriam ter sido os primeiros a exultar de alegria vendo triunfar a “liberdade de expressão”?
Pelo contrário, ficaram profundamente tristes. Por quê? — Com o desmoronamento do regime comunista em tantos países (sobretudo nos anos 1990 no Leste europeu), a existência de Cuba, teimando em manter um sopro de vida ao marxismo, tornou-se “oxigênio” para os pulmões criptocomunistas. Eles não conseguem mais viver sem a utopia marxista e entrariam em agonia se um dia a Cuba castrista morresse.
O fim do comunismo na pobre ilha abriria caminho para que a antiga “Pérola das Antilhas” retornasse à prosperidade anterior à tomada do poder pelos “talibãs” de Sierra Maestra em 1959, sob o comando do ditador marxista-leninista, carcereiro, déspota e opressor conhecido como Fidel Castro.
Os acontecimentos que se desenrolam em Cuba constituem a temática principal da revista Catolicismo deste mês [capa acima]. Tratamos também da questão do embargo econômico — muito criticado pelos agentes da esquerda civil e religiosa, mas cuja suspensão só colaboraria para prolongar a vida do governo agonizante. Na mesma edição reproduzimos uma memorável carta de uma cubana ao Papa Francisco, implorando-lhe romper o silêncio e condenar o comunismo, assim como um artigo sobre o abaixo-assinado da TFP americana dirigido ao presidente Joe Biden, pedindo-lhe que escute a voz do povo que protestou nas ruas de várias cidades de Cuba.
Que resultados obtiveram aqueles protestos? Reprimindo violentamente os manifestantes e jogando-os nas abarrotadas e insalubres prisões, conseguiu o governo comunista sufocá-los? Emergirão novas ondas de protestos? Serão elas suficientes para dar um ‘basta’ definitivo ao regime tirânico que tortura física e psicologicamente há seis décadas a sofrida população cubana? Quem viver, verá…
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