O paradoxo brasileiro

  • Hélio Dias Viana

Estamos assistindo hoje no Brasil a um verdadeiro paradoxo. Está no Poder, caminhando para o fim de seu primeiro mandato e, de acordo com o único instituto de pesquisas grátis e confiável — o das ruas —, com sua ascensão ao segundo mandato assegurado, o presidente Jair Messias Bolsonaro, eleito democraticamente em 2018 com 57 milhões de votos.

Ele tem realizado aquilo que prometeu em campanha: combatido a corrupção generalizada dos governos de esquerda que o antecederam e tomado medidas eficazes em defesa da família e dos valores morais, tão vilipendiados por ditos governos, propugnadores do aborto e da ideologia de gênero — para citar apenas duas das inúmeras abominações contidas do famigerado Programa Nacional de Direitos Humanos (PNDH-3) do governo Lula, de infeliz memória.

Além das obras de grande vulto que vem executando por todo o Brasil — obras abandonadas ou nem sequer excogitadas pelos governos de esquerda, cuja cegueira ideológica e ânsia de hegemonia de poder fizeram desviar rios de dinheiro dos contribuintes para cooptar políticos, enriquecer particulares cúmplices e irrigar ditaduras comunistas na América Latina e na África —, e do progresso econômico que seu governo vem conseguindo na contramão do declínio mundial, o presidente Bolsonaro protegeu exemplarmente a população brasileira das conseqüências desastrosas e muitas vezes criminosas da pandemia, apesar de ter sido caluniado, humilhado e visto suas irrefragáveis prerrogativas de administrar a crise sequestradas.

Ele não perseguiu nenhum jornalista por crime de opinião nem prendeu ninguém, e o próprio assassino que lhe desferiu uma facada em Juiz de Fora só não goza dos mesmos privilégios dos mandantes do assassinato de Celso Daniel — desconhecidos desde 2002 porque protegidos! — por ter sido identificado e preso em flagrante.

Pior. Um dos integrantes do STF, afrontando toda a Nação, decidiu reabilitar o ex-presidente Lula, condenado por unanimidade em três instâncias por ter saqueado o Brasil, alegando que as varas nas quais as condenações ocorreram não eram as que deveriam tê-lo julgado…

Tudo isso feito para tentar reverter a imensa onda conservadora que perpassa providencialmente o Brasil e sem uma menção sequer ao fato muitíssimo mais grave de que o ex-presidente Lula não só declarou inúmeras vezes, mas deu contundentes e sobejas provas, de que queria conduzir o Brasil rumo ao socialismo que afundou a Venezuela e outros países do continente na miséria comunista.

Outro integrante da referida Corte declarou que alguns temas devem ser decididos sem auscultar a opinião pública, e após afirmar que eleições não se vencem, tomam-se, proclamou solenemente o mais recente dogma: o da infalibilidade das urnas eletrônicas, não admitindo que contra elas se levante qualquer suspeita, sob pena de ameaças e sanções!

É natural, portanto, que setores cada vez mais amplos da população brasileira, que tiveram o futuro de seus filhos e de seus netos ameaçado ou roubado pela esquerda, se voltem com simpatia e esperança para o presidente Bolsonaro, sufragando-o novamente em 2022. Para isso se mobilizam nas redes sociais, em contraposição à grande mídia, inimiga figadal do governo e aliada incondicional da esquerda.

Como esta última não tem a menor chance de vitória, e seu principal candidato não pode sequer se apresentar em lugares públicos sem ser repelido, é preciso que de algum órgão não eletivo partam ameaças e perseguições aos elementos exponenciais da maioria conservadora, para as atemorizar e desestimular, e impor ao mesmo tempo, em benefício da esquerda, aquilo de que ela não é capaz: o retorno ao Poder em eleições limpas e transparentes. Disso se encarregou o STF.

Estamos, portanto, diante de uma situação anômala que dilacera o País, a qual não pode perdurar: uma ditadura de esquerda instalada no Judiciário convivendo com a democracia!

O Brasil não pode tolerar que ministros de um Poder cuja missão é julgar, tripudiem a Constituição para atirá-lo novamente nos braços do antigo chefe de governo corrupto, para que este, por sua vez, o conduza ao regime comunista, injusto e despótico por definição.

Nem que o faça através do álibi de uma “terceira via” girondina que o leve mais tarde ao mesmo destino ansiado pelos jacobinos do PT e assemelhados.

 O que os brasileiros aspiram é por uma civilização autenticamente cristã herdada de seus maiores, e é para lá que caminhamos compasso resoluto e a alma cheia de Fé!