Acaba de ser reconhecido o 69º milagre de Lourdes. A beneficiada Danila Castelli [foto acima], nascida em 1946 em Bereguardo, Itália, mãe de família e hoje residente em Pavia.
Ao completar 34 anos, ela começou a sofrer crises de hipertensão graves. Em 1982, exames radiológicos e ecografias revelaram a existência de um tumor para-uterino. O calvário de Daniela começara: sucessivas cirurgias não impediram que sua saúde fosse piorando sempre.
Em 1983 ela decidiu ir a Lourdes para banhar-se com a água da gruta, como Nossa Senhora pedira a Bernadette: “Vinde à gruta para beber a água e vos lavar”. Mas em 1989, pareceu ser sua última peregrinação e seu último banho, pois estava desenganada.
Ao deixar a banheira, no entanto, ela sentiu um bem-estar extraordinário, tendo ido se apresentar ao Escritório de Constatações Médicas para declarar o ocorrido, pois se sentia curada. Examinada, como de praxe, teve de fornecer os resultados dos exames anteriores, bem como responder a todas as perguntas médicas.
Apenas em 2010, depois de muitas análises e debates, os médicos declararam por unanimidade que a sua cura tinha sido completa, imediata, irreversível e inexplicável pela ciência, “sem relação com as intervenções e tratamentos médicos”.
O caso de Danila foi revisto pelo Comitê Médico Internacional de Lourdes – CMIL, espécie de segunda instância, composta por outras autoridades, muitas vezes estrangeira. Em 2011, o CMIL, confirmou “que a cura continua inexplicável no atual estágio dos conhecimentos científicos”.
A ciência dera a sua última palavra. Era a hora de a Igreja falar, pois o milagre é acontecimento religioso. Dom Giovanni Giudici, Bispo de Pavia, cidade onde reside Danila, sem temer os céticos e os cristianófobos, declarou no dia 20 junho p.p., o caráter “prodigioso” da cura – a 69ª reconhecida oficialmente pelo CMIL de Lourdes e por um bispo de acordo com a lei da Igreja.
Danila hoje é voluntária em Lourdes, onde ajuda os doentes. Quem sabe se o leitor já passou ao seu lado e não percebeu, de tal maneira o sobrenatural impregna o ambiente desse santuário.
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Luis Dufaur é colaborador da Agência Boa Imprensa (ABIM)