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Hélio Dias Viana
Embora de aparição antiga (11/08/2009), pela sua incontestável atualidade reproduzo abaixo excertos de um indignado artigo publicado na revista “Human Events” pelo ator e jornalista americano Carlos Ray “Chuck” Norris, no qual ele analisa aspectos de um análogo intervencionismo de Barack Obama nos Estados Unidos.
Que outras afinidades existirão entre o novo Programa Nacional de Direitos Humanos — compêndio do que pensa e deseja implantar o governo petista — e a impopular Reforma da Saúde de Obama?
Deste Obama a cujo respeito pelo menos os institutos de pesquisas americanos não mentem, e lhe atribuem a baixa popularidade contra a qual, apesar de todas as evidências, seus símiles brasileiros se encarregam de proteger sistematicamente o presidente Lula.
As reformas do sistema de saúde estão se transformando numa revolta. Os americanos estão indignados com os parlamentares, nas reuniões realizadas em prefeituras ao longo dos EUA. [N.R.: Eles foram ao interior consultar as bases eleitorais a respeito do assunto, reunindo-se nas prefeituras, mas a indignação foi tal que alguns quase foram agredidos].
Enquanto observava essas aquecidas noites políticas de agosto, decidi pesquisar as razões pelas quais tantos se opõem ao Serviço de Assistência de Obama, para separar os fatos da fantasia. O que descobri é a existência até mesmo de pequenos segredos sujos, profundamente enterrados dentro das mais de mil páginas do projeto sobre a saúde.
O Segredo sujo Nº 1 do Serviço de Assistência de Obama versa sobre a intromissão do governo no interior das residências e a usurpação dos direitos dos pais quanto aos cuidados na criação dos filhos.
Isso está esboçado nas seções 440 e 1904 do projeto da Casa (página 838), sob o título “programas de visita às casas de famílias com filhos pequenos e de famílias esperando filhos”. Os programas — concedidos através de concessão aos Estados — aconselhariam os pais sobre o procedimento a observarem no tocante à criação dos filhos.
O projeto prevê que os agentes do governo — “quadros bem treinados e competentes” — forneçam aos pais os conhecimentos necessários ao desenvolvimento adequado à idade da criança nos domínios cognotivo, lingüístico, social, emocional e motor […], “modelando-os, consultando-os e instruindo-os quanto às práticas paternas a tal respeito”, bem como sobre suas “condições para interagir com os filhos a fim de intensificar o desenvolvimento próprio à idade”.
Uma refutação do governo é a de que o programa seria “voluntário”. É verdade? Isso implica que essa agência apoiaria passivamente, até que, necessitados em saber como criar seus filhos, alguns pais dissessem: “Não penso chamar meus pais, padre ou amigos, ou ler uma pletora de livros, mas irei aos escritórios do governo?”
Ao contrário, na página 840, o projeto aponta para grupos e problemas especificamente indicados: O Estado “deverá identificar e priorizar comunidades que estejam com grande necessidade de tais serviços, especialmente aquelas com alto índice de famílias de baixa renda”.
É tudo isso o que você deseja ou espera de um plano universal de saúde impulsionado através do Congresso? Você quer que agentes do governo cheguem à sua casa e lhe digam como educar seus filhos? Quando é que o serviço de saúde do governo se tornou serviço de cuidado da criança?
O governo precisa exercer menos o papel de dirigir a vida de nossas crianças e mais o de apoiar as decisões dos pais em relação aos filhos. Os filhos pertencem aos seus pais, não ao governo. E os pais devem ter o direito — e o apoio do governo — para criar seus filhos sem ordens, educação ou intervenção federal em suas casas.
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(*) Hélio Dias Viana é colaborador da ABIM