
Luis Dufaur
Fonte: Revista Catolicismo, Nº 886, outubro/2024
A abertura das Olimpíadas de Paris, como exposto em artigo na edição anterior, atentou contra símbolos sagrados da Igreja Católica e exaltou etapas do processo revolucionário, notadamente da Revolução Francesa.
No encerramento do evento, um grande ritual satânico — com cenas blasfemas que revelaram o fundo demoníaco que anima a Revolução gnóstica e igualitária — resumiu o brado proferido por Lúcifer no Céu: “Não servirei!”. Foi um brado de revolta contra o Divino Redentor.

Personificado por um ator, enquanto um demônio na forma de ET em cores douradas descia dos céus com suas asas [foto 1] sobre um mapa-múndi que ocupava o campo central coberto de fumaça e escuridão, duas figuras alegóricas do anticristo como um falso profeta lhe davam uma bandeira grega [foto 2] representando o reinado pagão original das Olimpíadas e, ato contínuo, as chaves de todos os povos modernos ali representados.
A encenação representava Lúcifer como senhor da Terra, enquanto as luzes do estádio convergiam no mapa sobre a Terra Santa, onde Nosso Senhor Jesus Cristo nos remiu.

Naquele caos emergiu um anjo sem cabeça, em alusão a uma tribulação vindoura, quando muitos cristãos serão decapitados por sua fé em Jesus. Em seguida, os povos da Terra — representados por figurantes sem rosto e como que feitos de barro, degradação suprema dos homens que Jesus redimiu — montaram os anéis olímpicos e fizeram uma torre humana. Satanás se ergueu sobre ela como soberano do Mundo e deus do universo, triunfante [foto 3] sobre uma massa de adoradores escravos.

A cerimônia de encerramento das Olimpíadas de 2024 foi, assim, uma culminação paroxística da Revolução gnóstica e igualitária — iniciada com o esbofeteamento do Papa Bonifácio VIII em Anagni (1303), prosseguida pelas Revoluções Protestante (1517), Francesa (1789), Comunista (1917) e da Sorbonne (Paris, maio de 1968) — e, portanto, o anúncio de uma quinta Revolução, na qual o processo revolucionário mostrou seu satânico rosto na capital da “filha primogênita da Igreja”. Entretanto, ao fazê-lo, tornou ainda mais inevitável sua derrocada final, prometida por Nossa Senhora em Fátima e em La Salette, entre outras aparições, bem como anunciada por vários santos e bem-aventurados favorecidos pelo dom da profecia.