Chute salvador

Michelle Stepney disse que deve “a vida às filhas”, as gêmeas Alice e Harriet

Chute salvador

Helio Viana
13/2/2008

De acordo com despacho da “BBC-Brasil”, a Cancer Research UK, entidade que se dedica a pesquisas sobre o câncer, deveria outorgar no dia 12 de fevereiro p.p. o título de “Mulher de Coragem” à britânica Michelle Stepney, de 35 anos. Poucos meses antes, ela tinha se livrado de um câncer graças aos chutes que suas gêmeas, Alice e Harriet, lhe desferiram no útero durante a gravidez.

Assim agindo, as gêmeas não só manifestavam seu natural desejo de iniciar a partida da vida – nasceram na 33ª semana de gestação, através de cesariana –, mas também, a não sabendas da mãe, a salvaram da morte: “Eu não poderia imaginar que os chutes que eu sentia seriam tão importantes. Eu mal pude acreditar quando os médicos me disseram que os movimentos tinham expulsado o tumor”.

Tivesse a Sra. Stepney a infelicidade de ser abortista e esse prodígio não teria ocorrido. Isso porque os médicos, uma vez detectado o câncer, lhe recomendaram fazer quimioterapia e retirar o útero, ao que ela se opôs. Mas para não interromper a gestação aquiesceu, em contrapartida, a se submeter a doses limitadas de quimioterapia com aplicações quinzenais. Quatro semanas após o parto ela foi operada, para retirada do útero e do que restava do tumor, acreditando os médicos que ela esteja curada.

Que o heróico exemplo de amor materno da Sra. Michelle Stepney – truculentamente correspondido pelas pequeninas que ela deu à vida – sirva de exemplo a tantas mães deste mundo neo-pagão que cultua a morte em aras de falsos direitos da mulher!