Fátima e a perseguição anticatólica da atualidade

José Antonio Ureta

Como estão confusos e trágicos os primeiros anos deste novo milênio! Um sintoma? — A possibilidade efetiva de se colocar no banco dos réus todos aqueles que persistirem em defender a fé e a moral católicas.

De fato, quando se analisam em profundidade algumas novas leis estabelecidas ou projetos, na maioria dos países do Ocidente, pode-se concluir que há um plano universal com o objetivo de mover uma grande perseguição à Igreja Católica Apostólica Romana e a todos aqueles que lhe forem inteiramente fiéis.

Tal perseguição religiosa fora prevista há 90 anos, conforme as revelações feitas pela Santíssima Virgem aos três pastorinhos de Fátima, por exemplo, quando Ela afirmou: “Os bons serão martirizados”.

O modo pelo qual essa perseguição vai se delineando com precisão cada vez maior, recrudescendo ano após ano e dirigida contra os católicos fica claro com a crescente sanha persecutória contra eles em nações de maioria muçulmana, ou de outras religiões, e em países comunistas.

Depois de 90 anos das aparições de Fátima, outra perseguição, em certo sentido ainda mais pérfida, cresce nos próprios países ocidentais e cristãos. Um exemplo entre vários: a perseguição contra aqueles que repetirem o ensinamento da Igreja — como encontra-se nas Sagradas Escrituras e no Catecismo — de que a prática da homossexualidade é um pecado contra a natureza, que “brada aos Céus e clama a Deus por vingança”.

Em nosso País, um projeto de lei (PLC 122/2006 — a “lei da homofobia” — de autoria da deputada Iara Bernardi, PT-SP), em tramitação no Senado, pretende transformar em delito o que a autora chama de “discriminação” ou “preconceito” em matéria de “gênero, sexo e orientação sexual”, incluindo aí condenações de dois a cinco anos de reclusão. Ou seja, punir-se-á com prisão aquele que exercer sua liberdade de expressão para se manifestar contra qualquer conduta homossexual.

Sob o pretexto de se garantirem “direitos humanos de minorias”, aprovam-se leis que repugnam à maioria católica no Brasil e condenam o que a doutrina católica ensina. E, em certos casos, aquele que desrespeite esses novos “dogmas”, ditos “antidiscriminatórios”, poderá ser levado à barra dos tribunais, condenado por “preconceito” e preso por ter preferido obedecer às Leis de Deus antes que às leis dos homens.

Caro leitor, tenhamos confiança firme na proteção divina, pois Deus nunca abandona aqueles que Lhe são fiéis. Em Fátima, a Santíssima Virgem não apenas profetizou a perseguição aos bons, mas também o terrível castigo que virá para os maus, bem como a vitória final da Santa Igreja com o triunfo do Imaculado Coração de Maria.