OBRA PARA ABRIR OS OLHOS DE INCAUTOS

No artigo intitulado “365 dias em revista”, publicado em o “Legionário” de 1º de janeiro de 1944, Dr. Plinio faz um balanço de 1943, ano em que foi lançado Em Defesa da Ação Católica, e entre diversos assuntos políticos e religiosos, comenta também esse seu primeiro livro.

  • Plinio Corrêa de Oliveira

O “Legionário” travou este ano mais uma grande luta, coroada também ela por dulcíssimas consolações. Foi a publicação do livro Em Defesa da Ação Católica. Como seria de prever, essa obra provocou imenso descontentamento naqueles cujas temerárias doutrinas refutou.

Sua publicação correspondia a um imperativo de momento. Era preciso, absolutamente preciso, abrir os olhos de muitos incautos para a campanha sábia, gradual, artificiosa, empreendida de norte a sul do País para a disseminação de doutrinas errôneas.

Era preciso que um brado de alarma se erguesse, e que se operasse o esforço convergente de quantos discerniam o mal, para o debelar de vez.

Grito de alarma, toque de reunir, o livro Em Defesa da Ação Católica, distinguido por um antelóquio do Exmo. Sr. Núncio Apostólico [D. Bento Aloisi Masella] recebeu os mais calorosos elogios, quer de muitos elementos de destaque do Episcopado Nacional, quer do Clero e laicato católicos.

Publicamos a maior parte das cartas de aplausos que recebemos neste sentido. Todas elas atestam uma preocupação ardente pelos males que iam crescendo, e uma aprovação franca e irrestrita da doutrina que tivemos a ventura de sustentar.

A magnífica Encíclica Mystici Corporis Christi confirmou plenamente a existência de erros graves a respeito de Liturgia, denunciados pelo “Legionário”

E, no meio de toda esta luta, como raio de luz cristalino, a brotar do céu sobre a confusão do momento presente, a magnífica Encíclica Mystici Corporis Christi, que, confirmando plenamente a existência de erros graves a respeito de Liturgia, denunciados pelo “Legionário”, elucidou definitivamente os fiéis sobre a complexa e admirável doutrina do Corpo Místico, de que tanto e tanto abuso se fez. Foi esta, talvez, a maior graça do ano de 1943.