São Luís, Rei de França

Majestade, calma, segurança e determinação no Rei cruzado

No dia 25 de agosto comemora-se a festividade de São Luís IX, Rei da França de 1226 até seu falecimento em 1270. Em memória desse santo-soberano-cruzado, reproduzimos a seguir um trecho (sem revisão do autor) da conferência de Plinio Corrêa de Oliveira, proferida para sócios e cooperadores da TFP em 12-4-1989.

Esta imagem encontra-se na parte exterior da célebre Sainte Chapelle, em Paris. Ela dá bem a idéia de quem foi o rei São Luís IX (1215 – 1270).

Nota-se nela a indiscutível majestade real. Não a majestade de um soberano agressor e anexador de terras que não lhe pertencem. Mas a de um rei defensor tranqüilo e firme de seus direitos. Seguro da convicção de que tem o direito de mandar sobre as terras que recebeu de seu antecessor.

Neste sentido, um monarca guerreiro, que vai à guerra se necessário — como é seu dever — para manter a integridade do seu reino. Desta forma, a sua fisionomia traduz uma determinação, uma decisão, que é muito bonita.

A coroa que encima sua fronte não atingiu todo o desdobramento das coroas posteriores. Mas o tamanho das flores-de-lis e do diadema lhe dá uma beleza tal, que se pode questionar se as posteriores coroas, fechadas e encimadas por uma cruz, são realmente mais belas do que esta.

A coroa, mais a fisionomia, mais a atitude do corpo dão a impressão de uma calma, uma segurança na defesa de seus direitos, que marcam bem o rei cruzado, o rei batalhador. Ele teve que empreender guerras numerosas durante seu reinado, mas soube orientar essas pugnas de tal maneira, que não só saiu vitorioso nelas, mas até mais: na relatividade das coisas da Idade Média, pode-se dizer que seu reinado foi um reinado de paz.