Violência urbana, crise religiosa, corrupção política – Por quê?

violencia♦  Paulo Corrêa de Brito Filho

Assaltos nas ruas, roubos à mão armada, ônibus incendiados, balas perdidas, arrombamento de caixas-eletrônicas, sequestros, enfim o quadro trágico da violência urbana é o que mais preocupa o cidadão comum. Mais ainda do que o fantasma do desemprego, do péssimo ensino escolar, do desastroso serviço de saúde, da corrupção política que se agigantou dantescamente nos últimos governos de esquerda.

Embora se trate continuamente da violência urbana, fala-se muito pouco de seu ponto mais importante: suas causas morais.

Campeia uma televisão destruidora dos mais comezinhos princípios da moral familiar, sendo uma minoria os valentes que ousam reagir contra ela; no cinema, nos teatros, nas salas de aulas, até no interior dos lares vão rareando os bons exemplos, o ensino dos princípios formadores do caráter, o culto do dever. A própria campanha contra a disseminação da AIDS tem por fundamento a propaganda da mais crua imoralidade.

Há ainda o receio de afirmar que na base da desagregação moral no Brasil está uma terrível e dolorosa crise religiosa. Mas, para uma compreensão completa do problema, cumpre ter a coragem de conhecê-lo por inteiro, a fim de lhe aplicar a terapia acertada.

Sem que esses fatores sejam atacados, pode surpreender o aumento da criminalidade, a escalada incontenível das drogas, e a transformação do outrora moralizado, ameno e reconfortante convívio domestico em ríspido, desgastante e penoso?

Mariana
A cordialidade brasileira provinha de um fundo de benquerença, de um olhar sossegado em considerar a vida.

Houve no passado numerosos estudos sobre a cordialidade brasileira, de tal modo esta nota estava presente entre nós. Ela vinha de um fundo de benquerença, de um olhar sossegado em considerar a vida, e também da sensação difusa de que, pelo nosso jeitinho, conseguiríamos afastar de nosso País as tragédias causadas pela perda do senso moral, da crise religiosa e dos maus governos.

Desapareceram tais estudos… E estão sendo substituídos por maçudos ensaios sobre o alastramento das drogas, a respeito da violência no lar, nas ruas, nos locais de trabalho. Um modo de ser vai se apagando, enquanto outro, que lhe é oposto, vai se afirmando.

O que está mudando? Estão mudando os hábitos morais!

Qual a solução? Primeiramente reconhecer os problemas, e depois combatê-los corajosamente.

3 comentários para "Violência urbana, crise religiosa, corrupção política – Por quê?"

  1. Luiz Guilherme Winther de Castro   19 de junho de 2018 at 15:26

    “Campeia uma televisão destruidora dos mais comezinhos princípios da moral familiar…”
    Certa vez eu li, num jornal ou revista, que estudos feitos por especialistas, psicólogos, psiquiatras e sei lá mais quem, diziam que a influência da televisão era mínima e não prejudicava a formação de crianças e jovens.
    Pessoalmente, não concordei! Tenho a crença de que os programas de exibição do corpo da mulher, de cenas de sexo, mesmo que implícitos, de apelos para o erotismo, para o sexo, deturpam a formação daqueles já citados. Quando temos na sociedade pessoas totalmente desviadas dos costumes, conceitos e comportamentos morais, de boa convivência, talvez até doentes, atacadas de problemas psicológicos ou psiquiátricos, acabamos por tomar conhecimento de bárbaros crimes que ocorrem contra mulheres, crianças e jovens, além de sermos nós possíveis vítimas de crimes.
    O que é mais incrível é ver a luta das mulheres por direitos iguais, direitos de competir com os homens e de reconhecimento em todas as áreas da atividade humana, o que é muito louvável, mas, não se vê nenhuma objeção ao comportamento daquelas que denigrem o sexo feminino, tentando um “lugar ao sol”, tentando a fama, buscando o sucesso e para tanto utilizando a exposição do corpo em novelas, filmes, “ensaios” fotográficos, com o intuito de dizer que tudo isso é arte. A moda hoje é livre, pode a mulher andar vestida como quiser. Só que, depois de atacada por um doente, um demente, aí já é tarde. Reclamará para quem? Além disso, estão mexendo com a mente e a libido daqueles que ainda estão em formação e principalmente daqueles que sofrem de algum distúrbio que os inclina para o mal. O preço é bem caro depois!

  2. CostaMarques   19 de junho de 2018 at 16:08

    Muito oportuno comentário do Prof. Paulo Brito de que a causa da criminalidade e outros males vem da carência de formação moral.
    Infelizmente a crise na Igreja, consequencia do progressismo, foi o fator determinante dessa decadencia moral da sociedade.
    Remove a causa que o efeito desaparece. Será que a CNBB vai um dia compreender essa verdade e voltar-se para a formaçao moral? CostaMarques

  3. Joana   19 de junho de 2018 at 23:04

    Parabéns ao articulista que através da Agência Boa Imprensa aponta sem meias medidas a verdadeira crise que campeia no Brasil e no mundo.

    Quando a humanidade se voltar para Deus e para Sua Mãe Santíssima o mal será debelado.