APARECIDA

“Capital autêntica do Brasil” — eis a real perspectiva de como a cidade de Aparecida deveria ser considerada

Plinio Corrêa de Oliveira

Nossa Senhora aclamada Rainha do Brasil, o Reino de Maria juridicamente já ficou declarado. E juridicamente, para os efeitos celestes e para os efeitos terrestres, Ela tem direitos ainda maiores sobre o Brasil do que se Ela fosse apenas Rainha nesta Terra.

Devido a isto, temos uma obrigação especial de cultuar Nossa Senhora; de dar glória a Ela; de propagar sua devoção por toda parte; de lutar por esta devoção junto aos outros povos que resistam ao culto a Nossa Senhora; de fazer, portanto, cruzadas em nome d’Ela.

Com isso, é toda uma vocação nacional e mundial que se delineia para o Brasil, a partir precisamente dessa devoção a Ela como nossa Rainha.

Daí decorre também outro fato: se o Brasil não fosse oficialmente o País agnóstico e interconfessional que é, o verdadeiro seria — para determinados efeitos — a capital autêntica do Brasil ser Aparecida do Norte.

Após Nossa Senhora ter sido declarada Rainha do Brasil, não concebo a possibilidade de que os grandes atos da vida nacional se realizem em outro lugar que não em Aparecida: a promulgação de leis importantes; declarações de guerra; tratados de paz; grandes solenidades das ilustres famílias do País. E só concebo tais atos sendo realizados em Aparecida, que, pelo ato dessa coroação, ficou sendo o centro espiritual do Brasil.

Quando tanto se discute “Brasília ou Rio”, nós esquecemos o verdadeiro polo: Aparecida, para esses efeitos, ser a verdadeira capital do País! Assim tem-se a perspectiva de como Aparecida deveria ser considerada.

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Excertos da conferência proferida pelo Prof. Plinio Corrêa de Oliveira em 5 de outubro de 1964. Esta transcrição não passou pela revisão do autor.