COP 30 — O Titanic afundou antes de zarpar

  • Nelson Ramos Barretto e Hélio Brambilla

Nas chamadas “mudanças climáticas”, a intervenção humana é insignificante se comparada com a incidência das radiações solares, da atmosfera, dos oceanos e dos vulcões. As emissões produzidas na atmosfera pelo homem são incapazes de causar aquecimento global, conforme afirma e demonstra Luiz Carlos Balticero Molion, professor do Instituto de Ciências Atmosféricas da Universidade Federal de Alagoas, em Maceió, e meteorologista com 40 anos de experiência em estudos do clima.

Este tema estará brevemente em foco na 30ª Conferência das Partes (COP30), da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (UNFCCC), a realizar-se em Belém do Pará entre os dias 10 e 21 do próximo mês de novembro de 2025.

Depois de 29 COPs sem qualquer resultado prático…

Segundo os organizadores, será “um momento significativo em que a urgência no enfrentamento das mudanças climáticas, tanto para o Brasil quanto para a comunidade global, estará com os holofotes internacionais, voltado para a floresta amazônica. Floresta que há décadas vem sendo palco de desmatamento, queimadas e disputas por terras e que agora se vê como um ecossistema crítico na luta contra o aquecimento global”.

Conforme análise do Dr. Evaristo de Miranda, que foi por várias décadas uma das colunas da EMBRAPA, as 29 COPs anteriores não resultaram em qualquer ação prática.

O primeiro acordo ambiental foi fechado durante a 3ª Conferência das Partes da Convenção das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, realizada em Kyoto (Japão), em 1997. Foi o primeiro tratado internacional para controle da emissão de gases de efeito estufa na atmosfera, inicialmente feito pelas nações desenvolvidas.

Dezoito anos depois veio o Acordo de Paris, aprovado em 2015 por mais de 190 países, durante uma cúpula climática das Nações Unidas na capital francesa. A meta do Acordo de Paris era limitar o aquecimento global até 1,5 °C em relação ao período pré-industrial. Com a participação de todas as nações seria feito um financiamento de 100 bilhões de dólares/ano para as ações climáticas.

Na projetada COP30 seria decidido o levantamento de 300 bilhões de dólares/ano. O que já era difícil, tornou-se agora impossível. O presidente Trump retirou os EUA do Acordo de Paris. A Europa está quebrada e a China sempre esteve ausente de qualquer compromisso, embora seja o maior emissor de gases de efeito estufa (três vezes mais do que os EUA).

Existe aquecimento global?

O afundamento do Titanic ambiental não é causado apenas pela falta de envolvimento dos governos mundiais, mas também pela própria natureza.

Nessas Conferências Internacionais não foram convidados os principais atores do clima. A começar pelo 1º deles, o “Rei Sol” com suas radiações; 2º a atmosfera; 3º os oceanos; e, por fim, os vulcões. A ação humana não tem proporção alguma com esses elementos da natureza. Com efeito, o Prof. Luiz Carlos Molion contesta qualquer influência do homem na mudança de temperatura da Terra, explicando-o em brilhante entrevista para o site Universo Online (UOL):

“Os fluxos naturais dos oceanos, polos, vulcões e vegetação somam 200 mil milhões de toneladas de emissões por ano. A margem de incerteza que temos desse número é de 40 bilhões para mais ou para menos. O homem coloca apenas 6 mil milhões, portanto as emissões humanas representam 3%. Se nessa conferência conseguirem reduzir a emissão pela metade, o que seriam 3 bilhões de toneladas em 200 mil milhões? Não vai mudar absolutamente nada no clima…”.1

Prof. Luiz Carlos Molion: “O certo é quem comanda o clima global não é o CO2. Pelo contrário! Ele é uma resposta. Isso já foi mostrado por vá rios experimentos. Se não é o CO2, o que controla o clima? O sol, que é a fonte principal de energia para todo sistema climático”

CO2 – o gás da vida

Mas a redução de emissões não traria nenhum benefício à humanidade? Responde Molion:

“Os meios de comunicação colocam o CO2 como o vilão, um poluente, mas não é. Ele é o gás da vida. Está provado que ao se duplicar o CO2, a produção das plantas aumenta. Eu concordo que combustíveis fósseis sejam poluentes. Mas não por conta do CO2, e sim por causa dos outros constituintes, como o enxofre, por exemplo. Quando libertado, ele combina-se com a humidade do ar, transforma-se em gotícula de ácido sulfúrico e as pessoas inalam isso. Daí advêm os problemas pulmonares…”

Com quatro décadas de experiência em estudos do clima no planeta, o Prof. Molion apresenta ao mundo o discurso inverso do que é dado pela maioria dos climatologistas. Representante dos países da América do Sul na Comissão de Climatologia da Organização Meteorológica Mundial (OMM), Molion assegura que o homem e as suas emissões na atmosfera são incapazes de causar aquecimento global. Ele também diz que há manipulação dos dados da temperatura terrestre e garante: A Terra vai esfriar nos próximos 22 anos”. Em entrevista ao UOL, Molion foi irônico ao ser questionado sobre sua possível ida a Copenhagen: — “Perder meu tempo?!”

Enquanto todos os países discutem formas de reduzir a emissão de gases na atmosfera para conter o aquecimento global, o senhor afirma que a Terra está esfriando. Por quê? — perguntou o Universo Online na referida entrevista.

Luiz Carlos Molion respondeu:

“Essas variações não são cíclicas, mas elas se repetem. O certo é quem comanda o clima global não é o CO2. Pelo contrário! Ele é uma resposta. Isso já foi mostrado por vários experimentos. Se não é o CO2, o que controla o clima? O sol, que é a fonte principal de energia para todo sistema climático. E há um período de 90 anos, aproximadamente, em que ele passa de atividade máxima para mínima. Registros de atividade solar desde a época de Galileu mostram que, por exemplo, o sol esteve com baixa atividade em 1820, no final do século XIX e no inicio do século XX. Agora o sol deve repetir esse pico, passando os próximos 22 a 24 anos, com baixa atividade.”

Deus dispôs tudo com medida, quantidade e peso

Um dos princípios mais importantes que a Igreja legou ao desenvolvimento das ciências vem de um verso bíblico que foi um dos mais citados durante toda a Idade Média: Deus dispôs tudo com medida, quantidade e peso (Sabedoria, 11, 20). Daí a ciência ter conseguido tanto êxito por crer que vivemos num universo ordenado. É tudo matemático e ordenado de acordo com padrões. Por isso Santo Agostinho (354-430) já afirmava: “Deus é um grande Geômetra”.

Falsa ciência imposta pela ONU

Quando vemos algum vídeo contestando o aquecimento global, logo aparece uma legenda com o aviso: “United Nations As mudanças climáticas são transformações a longo prazo nos padrões de temperatura e clima. As atividades humanas têm sido o principal impulsionador das mudanças climáticas, principalmente devido à queima de combustíveis fósseis como carvão, petróleo e gás.

Desmistificando o Aquecimento Global

O Prof. Molion publicou no site Universo Online resume: “O clima da Terra tem variado ao longo das eras, forçado por fenômenos de escalas que vão de década a milênio. No final da década dos anos 1970, após um período de 30 anos de arrefecimento, surgiu a hipótese de que a temperatura média global da superfície estaria aumentando devido à influência humana.2

Amazônia, pulmão do mundo?

A floresta Amazônia é o talismã da psicose ambientalista. Diz esta que a floresta é o pulmão do mundo. O Prof. Ricardo Augusto Felício, da Universidade de São Paulo (USP), em entrevista ao programa de Jô Soares, deixou muito claro que a influência do desmatamento no clima não existe. AAmazônia não é o pulmão do mundo e nunca foi. Felício ressaltou que essa teoria já foi desmentida nos anos 80. Explicou que os mandantes no clima do planeta são os oceanos, que constituem 70% da superfície da Terra.

O Prof. Felício ganhou notoriedade e despertou polêmica em torno do tema das mudanças climáticas a partir de uma entrevista concedida ao programa de Jô Soares, em 2012, por ocasião da Conferência Rio+20. Na entrevista, ele teceu críticas fortes à ciência do aquecimento global, afirmando que o efeito estufa é a maior falácia científica que existe na História e atribuiu a sua origem à pseudociência. Com o Prof. Luiz Carlos Molion e outros professores e pesquisadores, o Prof. Ricardo Felício tem rebatido com firmeza e abundância de evidências científicas as teses dos ambientalistas.

Felício adverte que não se trata de destruir a floresta, mas mostrar que a floresta vem das chuvas vindas do oceano, dos famosos ventos alísios. Os americanos designam como rainforest a floresta equatorial, ou seja, é a floresta que deve sua existência à abundância de chuva, e não a floresta que faz chover. Se fosse possível destruir a floresta da Amazônia, em 20 anos ela estaria recomposta por causa das chuvas que vêm do oceano.

A Amazônia não é o pulmão do mundo e nunca foi. O Prof. Ricardo Augusto Felício, da Universidade de São Paulo (USP), ressaltou que essa teoria já foi desmentida nos anos 80. Explicou que os mandantes no clima do planeta são os oceanos, que constituem 70% da superfície da Terra.

Agricultores da Amazônia: invisíveis, ameaçados de extinção e ausentes na COP30

Mais de um milhão de agricultores na Amazônia são responsáveis pela segurança alimentar de 30 milhões de pessoas. Evaristo de Miranda, em artigo publicado na revista Grabois, aponta os desafios enfrentados por esses produtores, incluindo insegurança jurídica, falta de políticas públicas e ausência em debates globais.

Desde o Neolítico, pratica-se a agricultura na Amazônia. O cultivo da terra começou ali, com paleoíndios. Dos agricultores brasileiros, quantos vivem na Amazônia? Quais os seus maiores desafios sociais e econômicos? Quem defende os seus interesses ou deseja o seu desaparecimento? Esses produtores não se assemelham aos do resto do Brasil. Estão ausentes nos temas dos fóruns e da COP30 Amazônia, em Belém do Pará. Sem direitos, eles são uma “espécie” ameaçada de extinção. E sem eles, a Amazôniapassará ainda mais fome.

Questão indígena

Não podemos encerrar esse artigo sem repudiar a utopia comuno-tribalista pela qual uma minoria de antropólogos neomarxistas e de teólogos da libertação pretende manter nossos irmãos indígenas no subdesenvolvimento, confinando-os num gueto étnico-cultural (verdadeiros “zoológicos humanos”) que os priva dos benefícios da convivência e da civilização nacionais, como foi denunciado profeticamente, há quase 50 anos, pelo Prof. Plinio Corrêa de Oliveira em seu livro Tribalismo indígena – ideal comuno-missionário no Brasil do século XXI.

Conclusão

Em suma, sempre houve no mundo extremos climáticos, mas não é verdade que sejam provocados pela ação humana. Quem pesquisar sobre este tema na Internet encontrará muitos sites que teimam em afirmar que os grandes responsáveis por aquilo a que chamam de “alterações climáticas” são o homem e o CO2, acusando de “negacionista” quem se atreve a fazer contraponto com fundamentos científicos comprovados.

Em geral, são sites apoiados pelas Nações Unidas, por grandes fundações internacionais e pelos grandes meios de comunicação social ao serviço das correntes neo-malthusianas que aspiram a uma redução drástica da população mundial, através da esterilização, da contracepção e do aborto. É propriamente o Titanic ambiental rumando em direção ao iceberg que irá afundá-lo, embora desta vez apenas com a diferença de que será possivelmente na sua 30ª viagem…

Suplicamos a Nossa Senhora Aparecida, Rainha e Padroeira do Brasil, que preserve a unidade cristã de nossa Pátria e sua grande vocação futura. Que Ela nos ilumine para enfrentarmos esse Titanic ambiental de suas falácias e imposturas contra a Terra de Santa Cruz.

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Notas:

  1. Veja mais em https://www.uol.com.br/tilt/ultimas-noticias/redacao/2009/12/11/nao-existe-aquecimento-global-diz-representante-da-omm-na-america-do-sul.htm?cmpid=copiaecola
  2. Para saber mais, veja o link: https://icat.ufal.br/laboratorio/clima/data/uploads/pdf/molion_desmist.pdf)