Há 100 anos Santa Teresinha do Menino Jesus era elevada à glória dos altares

Fotografia de Santa Teresinha do Menino Jesus com 23 anos de idade. Foto tirada por sua irmã Céline Martin (conhecida também como Irmã Genoveva da Santa Face) em 1896 — um ano antes do falecimento da santa carmelita de Lisieux.

Fonte: Editorial da revista Catolicismo, 893, maio/2025 

Celebramos neste mês o centenário da canonização da “maior santa dos tempos modernos”, como a respeito de Santa Teresinha do Menino Jesus se expressou São Pio X. Entrou ela no “catálogo dos santos” após rigorosíssimo processo de verificação minuciosa de toda sua vida e de todos os seus escritos, levado a cabo por teólogos, concluir que nada havia de contrário à fé e aos bons costumes. 

Sua canonização corresponde ao reconhecimento oficial da Igreja da vida de santidade da imortal santa, elevada à glória dos altares por ter praticado em grau heroico todas as virtudes, tanto as teologais — fé, esperança e caridade —, quanto as cardeais — prudência, justiça, temperança e fortaleza. 

Representada na iconografia com rosas em seus braços, entretanto sua vida foi palmilhada com poucas rosas, mas com muitos espinhos, todos recebidos na alegria celestial e na inteira fidelidade a Deus nas pequenas coisas do seu dia a dia. 

A Santa Sé, pela voz de Pio XI, proclamou-a santa no dia 17 de maio de 1925. Nessa ocasião, o Papa declarou que Teresa de Lisieux era um “furacão universal de glória”. Certamente, esse título post-mortem se deve ao fato de ela ter sido um furacão de glória a Deus, sendo por isso glorificada por Ele. O decreto de canonização (glorificação) é uma declaração de que a pessoa está no Céu e que pode ser venerada e tida como modelo de vida pelos fiéis do mundo inteiro. 

Santa Teresinha é tão querida por todos que, naquele glorioso dia de sua canonização, a Praça de São Pedro e todas as ruas em torno do Vaticano ficaram abarrotadas de fieis provenientes dos quatro cantos do mundo. Mais de meio milhão de pessoas ali se aglomeraram! 

Com uma popularidade impressionante — não só na França, mas no Brasil e em todo mundo católico —, a fama de santidade da carmelita de Lisieux se propagou rapidamente. O que impressiona ainda mais pelo fato de ela nunca ter saído do claustro de seu convento. 

O centenário da canonização de Santa Teresinha não poderia deixar de constituir o tema da matéria de capa da edição da revista Catolicismo deste mês, com artigo de Dr. Caio Vidigal Xavier da Silveira. Estudioso desde jovem da vida e da obra dela, ele se fundamenta sobretudo em comentários de Plinio Corrêa de Oliveira, devotíssimo e entusiasta da santa carmelita francesa. Dr. Plinio a considera um “protótipo da alma inocente”“precursora do Reino de Maria”, possuindo “a essência do espírito contra-revolucionário”, no sentido da virtude da combatividade como explicitada em sua obra Revolução e Contra-Revolução. Por exemplo, no tocante ao amor da heroica santa às desigualdades sacrais criadas por Deus no Universo, que ela manifestava ao contemplar as coisas belas da natureza, como as flores, os animais, as nuvens etc. 

Que do alto do Céu, nesta celebração dos 100 anos de sua canonização, Santa Teresinha interceda por todos os nossos leitores e seja para nós um farol a nos orientar pelos caminhos destes dias tempestuosos, mantendo-nos na inteira fidelidade a Deus.