Irrupção da “Quinta Revolução”?

  • Hélio Dias Viana

Em sua magistral obra Revolução e Contra-Revolução, o Prof. Plinio Corrêa de Oliveira divide em várias etapas o processo revolucionário de destruição da ordem cristã, iniciado no fim da Idade Média e que chegou ao seu apogeu em nossos dias.

A primeira delas foi a Pseudo-Reforma Protestante (1517); a segunda, a Revolução Francesa (1789); a terceira, a Revolução Comunista (1917); a quarta, a Revolução de Maio de 1968 na Universidade de Sorbonne, na França, e a Revolução Cultural dela decorrente até os presentes dias; e a quinta, o Satanismo, que hoje já se manifesta publicamente sem disfarce.

O autor supremo dessa Revolução, bem como de todas as suas etapas ao longo da História, é o eterno derrotado Satanás, cuja cabeça é calcada pelos pés virginais de Maria Santíssima, que recebeu de Deus o poder e a missão de o esmagar.

Tendo os agentes humanos de Satanás e suas organizações fracassado nas reiteradas tentativas de reduzir a pó a Igreja Católica e a Cristandade — mesmo depois de tê-las conseguido infiltrar de alto a baixo e as desfigurar—, ei-lo que se ergue temerariamente para intimidar o mundo e fazer-se adorar.

Neste início de 2025, a manifestação diabólica tem-se feito sentir, já não somente nos antros, mas publicamente, nos Estados Unidos, na Alemanha e na Espanha.

Assim, no dia 28 de março, na área externa do Capitólio de Kansas, nos EUA, um grupo satânico promoveu uma “missa negra”, a qual foi valentemente repudiada pela TFP norte-americana que, conduzindo processionalmente uma bela imagem de Nossa Senhora de Fátima e acompanhada por algumas centenas de católicos, recitou o Rosário, entremeando-o com brados de louvor a Deus e à Santíssima Virgem [foto abaixo].

A certa altura, quando o líder da seita satânica, após proferir diversas blasfêmias, atirou uma hóstia ao chão para pisoteá-la, um destemido católico atirou-se em direção a ela e a consumiu para impedir a continuação do sacrilégio, tendo sido agredido pelos satanistas, os quais acabaram sendo detidos e dispersos pela polícia.

No domingo, 5 de abril, no Estádio Fritz-Walter, de Kaiserslautern, na Renânia Palatinado (Alemanha), a torcida do time local, que jogava contra o Fortuna Düsseldorf, exibiu uma enorme coreografia satânica em que aparecia o próprio demônio, bem como a seguinte frase, em latim: “Ouça-nos, Lúcifer, levante-se do abismo e receba nossas almas”.

Logo depois, na católica Espanha, na cidade de Sevilha — mundialmente famosa por suas esplendorosas cerimônias de Semana Santa —, a torcida do time de futebol do mesmo nome, o qual ostenta em seu escudo as imagens dos santos Isidoro e Fernando, exibiu uma coreografia semelhante à dos torcedores alemães do Kaiserslautern, alterando somente a frase para “vendemos nossas almas para ver-te campeão”.

Seria extremamente ingênuo pensar que a “missa negra” nos EUA, bem como manifestações em estádios de futebol de cidades e países tão diferentes, em tão curto espaço de tempo, seja obra do acaso, e não a sinalização de sequazes do príncipe das trevas de que é chegada a hora de ele ser adorado por multidões postas em delírio, cuja maioria não tem noção da gravidade nem do alcance do que está fazendo.