
Logo após a Anunciação, Maria Santíssima parte imediatamente para Hebron, ao sul de Jerusalém, para visitar sua prima Santa Isabel e o marido dela, São Zacarias. Fato que revela um aspecto pouco falado de Nossa Senhora: a sua suma cortesia, delicadeza, elegância e gentileza visitando sua prima. Virtudes muito apropriadas à realeza, como Ela, pertencente à mais alta nobreza.
Nesse acontecimento, que contemplamos no segundo mistério Gozoso do Santo Rosário, vemos Nossa Senhora como intermediária de uma grande graça para Santa Isabel e para o seu filho ainda não nascido, São João Batista. Este estremeceu de alegria no ventre de sua mãe, como um reconhecimento da presença de Jesus ainda no claustro virginal de Sua Santa Mãe. Neste instante, segundo a Tradição, São João Batista foi purificado do pecado original.
O diálogo travado entre as Primas, como registrado no texto de São Lucas se tornou parte da oração da Ave Maria — quando Santa Isabel diz “Bendita Sois Vós as mulheres, e bendito é o fruto de Vosso ventre” (Lc 1. 42). E do cântico do Magnificat — na resposta da Santíssima Virgem: “Magnificat anima mea Dominum” (A minha alma engrandece ao Senhor”) (Lc 1,42).
A festividade da “Visitação de Nossa Senhora” tem origem medieval, já sendo celebrada pela Ordem dos Franciscanos antes de 1263, quando São Boaventura a recomendou e eles a adotaram. A partir do breviário da ordem, ela se espalhou. Em 1389, o Papa Urbano VI, com o objetivo de terminar o Grande Cisma do Ocidente, a inseriu no calendário romano, para celebração em 2 de julho.