VISÃO COMUNISTA DA EDUCAÇÃO

  • Padre David Francisquini*

Antigamente se pensava em ateísmo toda vez que se falava em comunismo. Hoje a compreensão da matéria é bem melhor na grande massa da população, devido ao persistente fracasso dele em todos os lugares de que tomou conta.

São bastante conhecidos os malefícios que o comunismo traz para a ordem natural da vida humana, por suas orientações contrárias à liberdade individual e seu principal fundamento, a propriedade privada, e pelo desrespeito à individualidade humana face ao Estado, a supressão da pluralidade política via ditadura do proletariado, partido único etc.

Agora, os comunistas do mundo inteiro se autodesignam “democráticos”, quando no poder. Quando fora dele, e almejando alcançá-lo, porém, são “progressistas”. Assim se designava a Alemanha comunista, submissa à União Soviética no pós-guerra. Era a República Democrática Alemã; e hoje a Coréia do Norte, a mais ferrenha ditadura comunista nos nossos dias.

Alguns aspectos intrínsecos dessa maligna ideologia ainda são menos percebidos pelo cidadão comum. Por isso, algumas vezes a Providência nos manda uma palavra pública de alerta, utilizando-se de vozes de pessoas de bem, como no caso que vou abordar hoje.

Destacarei, pela oportunidade do tema, a visão comunista da Educação, e as propostas revolucionárias de intervenção estatal no relacionamento familiar para a criação dos filhos.

A matéria sempre foi relevante, dada a profunda penetração do pensamento esquerdista nos meios acadêmicos, no magistério e mesmo na administração pública, dos mais diversos níveis. Mas torna-se agora mais urgente, dada a hipótese de se confirmarem os resultados suspeitíssimos das eleições do último pleito presidencial, devido às fragilidades incontornáveis e ainda não adequadamente explicadas, do processo de apuração de votos.

Chamou-me particularmente atenção a fala de uma dessas intelectuais canhotas, integrante dos quadros da famigerada “equipe de transição”, que hoje anuncia aos quatro ventos as novas velhas políticas que virão a ser adotadas, caso efetivamente se concretize a posse do ex-presidiário descondenado.

Registro meu agradecimento ao analista político Gustavo Gayer, eleito deputado federal por Goiás para a próxima legislatura, com expressiva votação. Tem ainda mais expressivo contingente de seguidores e admiradores nas redes sociais.

Em um comentário inteiramente pertinente, destacou ele as idéias de uma dessas personagens do teatro de horrores, que se anuncia como autoridade educacional para o possível próximo governo (Veja:https://youtu.be/7eipi4TJpVMmatéria de rápida visualização e clareza lapidar).

Aos que não puderem acessar o vídeo, destacarei o essencial desta oportuna postagem. A idéia central vem da ex-procuradora e supostamente “educadora” Sra. Débora Duprat. Ela explica a “percepção equivocada de que a criança pertence à família”, e que aos pais não podem ser atribuídos poderes absolutos sobre ela! Ignoremos a platitude de dizer que tal poder não é absoluto, pois obviamente não há poderes absolutos no convívio social…

A expositora é ligada aos movimentos de defesa dos direitos, e seu nome se cogita para integrar, nada mais nada menos, do que o… …Supremo Tribunal Federal. Para ela o que se aprende em casa não pode se sobrepor ao que se ensina em sala de aula, onde prevalece a liberdade de cátedra, e onde o Estado exerce sua co-responsabilidade sobre a formação de nossa infância.

Explica ela a necessidade de reverter o pensamento tradicional, entranhado na alma cristã do povo brasileiro, tão afeiçoado à idéia da família como célula mater da sociedade, e fundamento da boa educação das sucessivas gerações. A idéia “errônea” a ser catequisada é a de que os filhos são vistos como “propriedade” dos pais, isso precisa mudar.

Assim como querem acabar com a propriedade privada através da ênfase em sua “função social”, entendem seus defensores que também a educação pode e deve ser direcionada pelas imposições “sociais” prioritárias — leia-se estatais — sempre mais relevantes do que as prerrogativas do indivíduo!

Face aos riscos a que ficou o Brasil exposto na presente crise tão aguda, não é de estranhar a imensa mobilização popular, que levou milhões de pessoas às portas dos quartéis em todo o país.

Além de sempre congregarem os cristãos e todas as pessoas de bem em oração, as multidões incessantemente gritam os pedidos de socorro, para eliminarem-se os riscos de cairmos nas garras do movimento internacional comunista, eufemisticamente designado “foro de São Paulo”.

Com alegria constatamos o sentimento geral da imensa população conservadora, que domina a opinião pública brasileira na direção do anticomunismo. E com especial gratidão à proteção divina, sublinhamos o quanto prevalece o desejo de restauração dos valores familiares tradicionais, que marcaram nossa formação como nação já em seu berço, aos pés da Santa Cruz desde a primeira Missa, celebrada quando do Descobrimento.

Lembremos que nos últimos anos foi interrompida a perigosa trajetória que vínhamos trilhando, quando cartilhas sobre sexualidade se distribuíam em cada vez maior número de escolas.

Elas continham o claro propósito de introdução precoce do paganismo em matéria de costumes na juventude brasileira, e as famílias foram se conscientizando do enorme risco que haviam corrido, e dos males que já vinham decorrendo daquele rumo das coisas. Praza a Deus que aquilo não retorne!

Confiamos na maternal proteção de Maria, que se dignou nos conceder tantos favores, e recebeu em Aparecida um pungente apelo assinado pela Princesa Isabel: que em sua ausência a Mãe de Deus tomasse as rédeas do Brasil. Só com o Seu amparo poderemos concretizar o desejo legítimo e a deliberação firme, mostrados pela população, ao rejeitar tão vigorosamente o comunismo em nossa Pátria.

            ____________

*Sacerdote da Igreja do Imaculado Coração de Maria – Cardoso Moreira-RJ