Um martírio que parte o coração, mas abre os olhos!

Espada de MaomeNo dia 30 de julho a associação francesa “Avenir de la Culture” lançou um comunicado com uma carta dirigida a Dom Georges Pontier, Presidente da Conferência dos Bispos da França. Trata-se de uma súplica em defesa da identidade cristã da França, tendo em vista o grave perigo que representa o islamismo no país, por exemplo, como se viu recentemente com o selvagem degolamento — perpetrado por dois muçulmanos — do idoso Padre Jacques Hamel no momento em que celebrava uma missa.

 

Súplica a Dom Georges Pontier, Presidente da Conferência dos Bispos da França

Excelência,

Espada de MaomeNa terça-feira, 26 de julho, a Igreja teve seu primeiro mártir em solo francês no século XXI: o Padre Jacques Hamel [foto], de 86 anos, selvagemente degolado por islamitas enquanto celebrava a missa na periferia de Rouen.

Este acontecimento dramático, cujo caráter histórico não pode ser negado, suscitou viva emoção em todo o país e no exterior. O que ontem estava reservado aos nossos irmãos cristãos do Iraque, do Paquistão ou da Nigéria, entrou bruscamente no nosso cotidiano.

A legítima cólera dos franceses em relação às mais altas autoridades do Estado transpôs um novo marco. É provável que a História julgue com severidade aqueles que, por sua ingenuidade culposa e seu laxismo, entregaram a França à barbárie dos esbirros do Estado Islâmico.

Em agosto de 2014, o Arcebispo de Mossul, no Iraque, Dom Amel Nona, dava o sinal de alarme em uma entrevista concedida ao Corriere della Sera: “Nossos sofrimentos de hoje constituem o prelúdio daqueles que vós, europeus e cristãos ocidentais, experimentareis num futuro próximo […]. Vós acolheis em vossos países um número cada vez maior de muçulmanos. […] Se não o compreenderdes a tempo, tornar-vos-eis vítimas do inimigo que acolhestes em vossa casa.”

É com profundo pesar que me sinto na obrigação de lembrar que, infelizmente, as autoridades civis não são as únicas responsáveis pelas últimas consequências de sua cegueira.

Longe de levar em conta esse apelo do Arcebispo de Mossul e de outros similares, grande parte da hierarquia eclesiástica preferiu, em resposta à guerra que nos é declarada, obstinar-se em promover valores profanos e comportamentos irenistas cuja impotência se tornou evidente para todos, salvo, ao que parece, para V. Exa. e para a maioria de seus confrades no episcopado.

Enquanto um de seus padres, após 58 anos de sacerdócio, acabava de ser martirizado, Dom Dominique Lebrun, Arcebispo de Rouen, ousou qualificar de “vítimas” os assassinos (!), em um comunicado publicado no site de sua diocese. Dom Delannoy, Bispo de Saint-Denis, inquietou-se, não pela segurança de seus fiéis, mas pela perenidade do diálogo islamo-cristão! Vossa Excelência mesmo declarou que “somente a fraternidade […] é a via que conduz à paz durável”, um exclusivismo que passa sob silêncio que “a legítima defesa pode ser não somente um direito, mas até um grave dever para aquele que é responsável pela vida de outrem”, uma vez que “defender o bem comum implica colocar o agressor injusto na impossibilidade de fazer mal.” (Catecismo da Igreja Católica, nº 2265).

Após os primeiros atentados islamitas na França, não se viu na maioria das declarações episcopais qualquer apelo no sentido de preservar a nossa identidade cristã e de resistir à ofensiva daqueles cuja “religião” mata os corpos e as almas em nosso solo.  Este preconceito irenista feriu profundamente o rebanho entregue ao seu cuidado, tanto mais quanto ele se inscreve numa “pastoral do diálogo” que o episcopado francês conduz há vários anos numa via sem contramão nem resultado:

  • publicação por um serviço da Conferência Episcopal da brochura “Deve-se temer o Islã?”, na qual se faz uma defesa do mesmo;
  • convite feito por Dom Dubost para a recitação do Corão na sua catedral de Évry;
  • formação de imãs pelo Instituto Católico de Paris;
  • disponibilização de edifícios pertencentes à Igreja para o culto muçulmano;
  • reiteração de mensagens de saudação  por ocasião do ramadã;
  • apoio do cardeal Barbarin ao Instituto Islâmico de Lyon, financiado pela Arábia Saudita.

Excelência, a lista das concessões estéreis que abrem a porta à islamização da França é tão longa, que se torna impossível enumerá-las aqui.

Vossa Excelência e seus confrades obstinam-se em imaginar um Islã idílico, nos moldes do Cristianismo, justificando seus “gestos de boa vontade” no desejo ilusório de promover um Islã pacífico e compatível com o Evangelho, sem levar em conta a agressividade da mensagem corânica nem  o fato  de que o Corão, pelo seu caráter supostamente divino,  não é susceptível de interpretações.

Vossa Excelência não recebeu a missão de procurar debalde reformar o Islã, mas de ir e constituir “discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Padre, do Filho e do Espírito Santo” (Mt 28, 19). Deixar, por suas atitudes, os muçulmanos crerem que sua religião é tão boa quanto aquela fundada por Nosso Senhor Jesus Cristo – a Igreja Católica se define como a única Igreja do único Deus verdadeiro – e continuarem a ignorar a Boa Nova, contradiz a Misericórdia, cujo ano jubilar o Santo Padre acaba de decretar, e põe em perigo o próprio futuro da Filha primogênita da Igreja.

Seja-nos permitido instar aqui Vossa Excelência a abrir finalmente os olhos: o Islã é a primeira causa de perseguição dos cristãos no mundo. Desejar a paz para o nosso país sem antes a construir pela libertação pelo batismo daqueles que jazem sob o jugo dessa falsa religião é um erro dramático do qual as gerações futuras sofrerão as consequências.

Excelência, pelo amor de Deus, da Santa Igreja, da França e dos fiéis de quem é pastor, nós lhe suplicamos e aos seus confrades suspender toda iniciativa que, sob o pretexto de favorecer o diálogo interreligioso, entretém a ideia de que as religiões se equivalem. É mais do que tempo de promover a identidade cristã da França e de varrer a utopia de que seu futuro seria forçosamente multicultural.

Na certeza de que V. Exa. acolherá com benevolência este urgente pedido dos simpatizantes de Avenir de la Culture, peço a sua bênção e apresento-lhe, Excelência, minhas respeitosas saudações.

_______

(*) Fonte: “Avenir de la Culture”, 30-7-16. Matéria traduzida do original francês por Hélio Dias Viana.

http://www.avenirdelaculture.fr/index.php?q=article/un-martyre-qui-brise-le-coeur-mais-ouvre-les-yeux

7 comentários para "Um martírio que parte o coração, mas abre os olhos!"

  1. MARIO HECKSHER   2 de agosto de 2016 at 11:14

    Por todo lado, pessoas denunciam como algo ruim a maciça imigração de muçulmanos para os países cristãos. Mas os governos de viés socialista e os católicos “progressistas” consideram isto uma coisa ótima. Esperemos para ver quem tem razão!

    • Jean Goyard   2 de agosto de 2016 at 15:46

      Uma resposta de Paris : porque Brasil expulsou um tipo fichado “S” na França e brecou uma célula de 12 antes dos JO ?
      Talvez para evitar as coincidências listada aqui em baixo :

      E preciso evitar as generalisações e lembrarse dos pogroms, das lutas na Irlanda, etc ….
      Vejamos so :

      O “Shoe bomber” Richard Reid (2001) era muçulmano
      Os Beltway Snipers (Arizona, 2002) eram muçulmanos
      O atirador de Fort Hood (2009) era muçulmano
      Os terroristas do destroyer USS Cole (2000) eram muçulmanos
      Os terroristas do atentado contra o trem de Madrid (2004) eram muçulmanos
      Os terroristas do Marriott Bali Night-club (2002) eram muçulmanos
      Os terroristas do métro de Londres (2005) eram muçulmanos
      Os terroristas do teatro de Moscou (2002) eram muçulmanos
      Os terroristas do marathon de Boston (2013) eram muçulmanos
      Os terroristas do vôo PanAm n° 103 (1988) eram muçulmanos
      Os terroristas do vôo Air France 139 à Entebbe (1976) eram muçulmanos
      A tomada de refens da embaixada US em Téhérãn (1979) foi feita por muçulmanos
      Os terroristas do atentato de Beyrouth (1983) eram muçulmanos
      A tomada de refens da embaixada US na Libia (2012) : eram muçulmanos
      Os terroristas suicidos de Buenos Aires eram muçulmanos
      Os que atacaram a equipe olimpica israelense (1972) eram muçulmanos
      Os terroristas da embaixada americana no Kenya (1998) eram muçulmanos
      Os terroristas saudis contra as torres de Khobar (1996) eram muçulmanos
      Os terroristas do quartel naval de Beyrouth eram muçulmanos
      Os terroristas da escola russa de Beslan eram muçulmanos
      Os primeiros terroristas do World Trade Center (1993) eram muçulmanos
      Os terroristas dos atentados de New York (2001) eram muçulmanos
      Os terroristas de Bombaim (1993 & 2011) eram muçulmanos
      Os terroristas de Mumbai, India, (1986, 1993 & 2011) eram muçulmanos
      O terrorista do navio Achille Lauro (1985) era muçulmano
      Os terroristas dos aviões do 11 de setembro 2001 eram muçulmanos
      O degolador de Oklahoma City (2014) era musulman
      Os terroristas de Charlie Hebdo (2015) eram muçulmanos
      Os terroristas do 13 de novembro 2015 em Paris eram muçulmanos
      Os terroristas do 22 de março 2016 à Bruxelles eram muçulmanos
      E ainda se esquece de muitos outros atentados suicidos realisados no mundo, e sem falar das tentativas desvendadas pelas policias

      Tambem tem isso :
      Os que se reclamam do Christianismo não tem conflitos socio-politicos com ninguem
      Os buddhistas vivem com os hindus = no problem
      Os hindous vivem com os judeus = no problem
      Os shintos vivem com os confucianistas = no problem
      Os judeux vivem com os ateus = no problem
      Os ateus vivem com os buddhistas = no problem
      Os buddhistas vivem com os sikhs = no problem
      Os sikhs vivem com os hindus = no problem
      Os judeus vivem com os buddhistas = no problem
      Os buddhistas vivem com os shintos = no problem
      Os shintos vivem com os ateus = no problem
      Os ateus vivem com os confucianistas = no problem
      Os confucianistas vivem com os hindus = no problem

      Aonde esta o problema ?

      Nos outros casos, tem problemas por toda parte, inclusive entre muçulmanos.

      Jihad : guerre terroriste religieuse menée au nom de l’Islam
      ISIS : organisation terroriste islamique
      Al-Qaeda : organisation terroriste islamique
      Taliban : fondamentaliste musulman
      Hamas : organisation terroriste islamique
      Hezbollah : organisation terroriste islamique
      Boko Haram : organisation terroriste islamique
      Al-Nusra : organisation terroriste islamique
      Abu Sayyaf : organisation terroriste islamique
      Al-Badr : une organisation terroriste islamique
      Frères Musulmans : organisation terroriste islamique
      Lashkar-e-Taiba : organisation terroriste islamique Palestine
      Liberation Front : organisation terroriste islamique
      Ansaru : organisation terroriste islamique
      Ansar Eddine : organisation terroriste armée islamiste
      Jemaah Islamiyah : organisation terroriste islamique
      Abdullah Azzam Brigades : organisation terroriste armée islamique
      Daesh : organisation terroriste armée islamique

      A ritornella é que tudo isso não tem nada a ver com uma “religião de paz e amor” !
      Os fatos dizem o contrario.

      Lembremonos do Relatorio Obin de 2004 que designou na França ao que se confrontam os professores das escolas nos suburbios complicados. Relatorio de 37 paginas.

      E sobretudo, não confundir as situações, não fazer misturas, dizem os politicos !!!

      • Julio E Hurtado   4 de agosto de 2016 at 12:40

        Salve María Un saludo muy especial Felicitaciones. Esta lista nos confirma en las previsiones de Sr. Dr. Plinio Correa. Dejé una opinión,, espero que le guste. Si le parece traducirla al francés o al portugués, es muy sencillo.
        espero sus noticias Julio E Hurtado

      • Julio E Hurtado   4 de agosto de 2016 at 12:41

        Salve María Sr Jean Un saludo muy especial Felicitaciones. Esta lista nos confirma en las previsiones de Sr. Dr. Plinio Correa. Dejé una opinión,, espero que le guste. Si le parece traducirla al francés o al portugués, es muy sencillo.
        espero sus noticias Julio E Hurtado

  2. Pingback: Súplica a Dom Georges Pontier, Presidente da Conferência dos Bispos da França

  3. Julio E Hurtado   4 de agosto de 2016 at 12:34

    Impresionante ver todo en conjunto, para que Occidente despierte.

    Sería muy bueno traducir el libro Previsiones y Denuncias de Gonzalo Larrain Campel que contiene avisos sobre el peligro musulman y del Islamismo para occidente y que alertaba el profesor y Plinio Correa de Oliveira http://sanelias.org/archivos/1986 desde hace mas de 50 años

  4. Jean Goyard   4 de agosto de 2016 at 15:16

    Caro Sr. Julio, SM !

    Muy contente de tener noticias de Ud !
    Que le vaja bien… con las graças de Nuestra Señora. Sim, de acuerdo con su idea este libro es muy adaptado a la situacion. Vamos ver cuando poderemos hacer porque estamos arqui lotados estes tiempos por varias campañas al mesmo tiempo e una revision de RCR para publicar quanto antes. Mas la idea es muy muy buena.
    Que nossos santos padroeiros den muchas bendiciones a Ud
    Con toda amistad e las mejores lembranças de Catherine